O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que há indícios de que cerca de 2,5 milhões de cadastros no Bolsa Família são irregulares. Isso significa que as famílias estão recebendo a ajuda mensal de R$ 600 do governo federal sem precisarem realmente do dinheiro.

“Temos, infelizmente, pessoas com renda elevada, com nove salários mínimos, recebendo Bolsa Família. E pessoas sem renda, com fome, que não conseguem acessar [o programa]. É mais que uma atualização de cadastro, é justiça social”, disse Dias. Segundo ele, a atualização dos cadastros deve ser feita até março.

Para ser atendido pelo programa social, é preciso ter renda per capita de até R$ 100,00, comprovando situação de extrema pobreza, ou de até R$ 200,00, alegando condição de pobreza. Em janeiro deste ano, pouco tempo antes do ministério começar a rever os cadastros, o Bolsa Família atingiu 21,9 milhões de famílias.

Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade. É como se tivesse uma bagunça para perder o controle”, afirmou Dias.

Retomada do diálogo com estados e municípios

Wellington Dias participou da reunião extraordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O encontro em Brasília contou com a presença de secretários de estado, gestores e representantes de instituições municipais e estaduais da rede socioassistencial.

O objetivo foi promover o debate e retomar as relações entre estados e municípios (repactuação) para discutir aspectos operacionais da gestão do SUAS, como a atualização do Cadastro Único e a retomada do cofinanciamento. Também estiveram na pauta a criação de grupos de trabalho para execução de temas prioritários, ações voltadas para migrantes e refugiados, entre outros assuntos.

“Precisamos desenvolver esse trabalho conjunto com estados, municípios e entidades para superar os desafios. Cada lugar tem uma realidade diferente, e temos a responsabilidade de tirar o país do mapa da fome e da insegurança alimentar e nutricional”, afirmou o ministro Wellington Dias durante a abertura do evento. “Esse encontro deve ser o alicerce para desenvolver estratégias e alcançar o objetivo de devolver a dignidade e a qualidade de vida para as pessoas mais necessitadas”, afirmou.

 

Da Redação (Com informações do SBT News e ministério)
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