Os trabalhadores em educação do Piauí decidiram finalizar o movimento grevista iniciado há 17 dias após acordo com o governo do estado. A categoria aceitou a proposta de reajuste único de 6,81% a partir de maio ao invés da incorporação da metade desse valor via ticket alimentação.
A presidente do Sinte – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí – Regional de Picos, Gisele Dantas, lamentou que os servidores em educação precisem paralisar suas atividades para que a lei do reajuste da categoria seja cumprida. Ela conta que um acordo judicial foi necessário para que o governador realizasse o pagamento dos professores com o reajuste.
“Não foi nem aceitar a proposta do governo, a greve foi judicializada. Nós entramos nesse movimento grevista dia 23 de fevereiro e fizemos a pressão para que o governo cedesse a pauta de reivindicações, o governo não cedeu e pediu a ilegalidade da greve, só que o Ministério Público não decretou a ilegalidade mas chamou as duas partes para o dissídio coletivo”, explicou a sindicalista.
Sobre mudanças no calendário acadêmico para reposição das aulas, Gisele disse que isso dependerá de cada unidade de ensino e atuará com apoio do sindicato.
“Vai ter a reposição das aulas. A gente entra em um movimento, mas que também vai de encontro com os direitos dos alunos nas aulas, então vai ser organizado um calendário, acredito que muitas escolas irão acrescentar uma semana em julho, outra no final do ano, isso vai depender de cada escola”, disse Gisele.
ENTREVISTA: GISELE DANTAS
