O setor de serviços se manteve no terceiro trimestre de 2022 como o grande propulsor do crescimento da economia brasileira.
O IBGE divulgou nesta quinta-feira (1º), os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do trimestre encerrado em setembro, que mostrou expansão de 0,4% em relação aos três meses anteriores.
Com um peso de quase 70% no PIB, os serviços cresceram 1,1% no trimestre. A agropecuária recuou 0,9%. O setor responde por 8% do valor adicionado ao PIB. A indústria teve crescimento de 0,8%.
Nos serviços, se destacam o crescimento dos segmentos de informação e comunicação (3,6%), com a alta dos serviços de desenvolvimento de software e internet, atividades financeiras, de seguros e relacionados (1,5%), imobiliárias (1,4%) e outras atividades (1,4%), que incluem os serviços prestados às famílias. Já o comércio (-0,1%) teve variação negativa, o que reflete a realocação do consumo das famílias dos bens para os serviços, segundo o IBGE.
“As outras atividades de serviços já vêm se recuperando há algum tempo, com a retomada de serviços presenciais que tinham demanda represada durante a pandemia”, diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A retração da agropecuário, segundo Palis, é explicada pelas culturas que têm safra relevante nesse trimestre e tiveram queda de produção, como é o caso da cana-de-açúcar e de mandioca.
No acumulado do ano, o setor agropecuário caiu 1,5%, desempenho ligado aos resultados da soja, que teve a sua produção afetada por problemas climáticos, diz Rebeca.
Entre as atividades industriais, houve alta de 1,1% na construção e 0,6% em eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. As Indústrias de transformação tiveram variação positiva de 0,1% e, nas Indústrias extrativas, ocorreu variação negativa de 0,1%.
Na comparação com o mesmo período de 2021, a Agropecuária cresceu 3,2%, A indústria registrou alta de 2,8%. Serviços tiveram alta de 4,5%.
Fonte: Folhapress