O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu pela sexta semana consecutiva, segundo a pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na semana passada, o produto foi vendido, em média, a R$ 5,05 por litro.
É uma alta de 0,6% sobre o valor verificado na semana anterior. Desde o início da sequência de altas, pouco antes do segundo turno das eleições, o preço médio da gasolina no país subiu 5,4%, ou R$ 0,26 por litro.
A subida de preços reflete aumento nas cotações do etanol anidro, que é misturado à gasolina vendida nos postos. Desde o início de setembro, a Petrobras não mexe nos preços de venda de suas refinarias, que vinha sendo constantemente reduzido durante a campanha eleitoral.
A estatal passou semanas operando com defasagens em relação às cotações internacionais, mas os sinais foram invertidos na abertura do mercado desta segunda-feira, diante da queda das cotações internacionais do petróleo nos últimos dias.
Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras está 3% acima da paridade internacional, ou R$ 0,08 por litro.
Também impactado pelas cotações nas usinas, o preço médio do etanol hidratado vem ficando mais caro nas bombas: na semana passada, o preço médio do produto subiu 1,3%, para R$ 3,84 por litro. Foi a sétima semana consecutiva de alta.
Já o preço do diesel caiu 0,3%, de acordo com a pesquisa da ANP. Na semana passada, o litro do combustível foi vendido no país, em média, a R$ 6,57.
Sem mudanças nas refinarias desde meados de setembro, o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras está 6%, ou R$ 0,28 por litro, abaixo da paridade de importação, segundo a Abicom.
O preço do gás de cozinha ainda não trouxe grande reflexo do corte de 5,3% promovido pela Petrobras em suas refinarias na semana passada. Segundo a ANP, o botijão de 13 quilos foi vendido no país, em média, a R$ 110,19 na semana passada, valor apenas 0,2% inferior ao verificado na semana anterior.
A queda menos intensa dos preços dos combustíveis levou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) a voltar a subir em outubro, após três meses de queda. Puxado pelos alimentos, o indicador oficial de inflação do país teve alta de 0,59% no mês passado.
Fonte: Folhapress