Cientistas verificaram se faz sentido dizer que as várias vacinas tomadas na infância deixam as crianças mais vulneráveis a infecções de modo geral.
Segundo os pesquisadores, alguns pais têm levantado a hipótese de que a variedade de vacinas enfraqueceria o sistema imune ao ponto que a criança ficaria exposta a todo tipo de infecção.
Depois de análise, a resposta é que não há relação entre infecções em geral e os vários imunizantes da infância. O estudo foi publicado na terça-feira (6) no “JAMA” , publicação científica da associação médica americana.
“Alguns pais estão preocupados com o fato de que várias vacinas na primeira infância podem prejudicar o sistema imunológico de seus filhos, tornando-os mais suscetíveis a futuras infecções”, disse em nota Jason Glanz, pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde “Kaiser Permanente”, nos Estados Unidos.
“Este novo estudo sugere que a teoria de que vacinas sobrecarregam o sistema imunológico de um bebê é altamente improvável”, completa Glanz.
Preocupações como essas têm sido uma das responsáveis por uma uma onda antivacina, principalmente na Europa.
Por lá, o sarampo, que tem vacina eficaz disponível, teve aumento de 400% em 2017, situação que a Organização Mundial da Saúde considerou como “trágica”.
Estudo não viu relação da vacina com infecções
Para chegar a essa conclusão, cientistas fizeram estudo inédito que relacionou o calendário vacinal nos Estados Unidos à taxa de doenças registradas em crianças.
Pesquisadores escolheram 193 crianças que foram hospitalizadas com doenças respiratórias e outras infecções. Elas foram comparadas com um grupo de 751 crianças que não tinham ficado doentes.
As crianças foram acompanhadas durante os 23 meses de vida. Como todas haviam tomado vacinas, uma maneira de verificar se a vacina é a responsável pela infecção foi localizar uma proteína do sistema imune que é desenvolvida após a vacinação.
Fonte: G1