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Com o recuo na demanda por testes rápidos de Covid, as farmácias têm diminuído os estoques do produto nas últimas semanas. Desde o início da pandemia, quando esse mercado explodiu no país, havia a expectativa de que ele se estabilizaria em algum patamar mais baixo após a superação dos piores momentos da doença.

Na primeira semana de outubro, os atendimentos ficaram abaixo dos 15 mil, o menor desde o início das testagens em 2020, segundo monitoramento da Abrafarma (associação que representa o setor). Do total, somente 858 deram positivo, o que também representa o menor resultado de pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Para Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, o mercado de testes não vai acabar, mas a procura diminui.

“Acredito que o futuro dos testes de Covid seja semelhante ao que acontece com a H1N1. É um vírus que ainda circula e que eventualmente pode matar. As pessoas terão sintomas, vão procurar as farmácias e o teste ainda será útil”, afirmou Mena Barreto.

No auge da variante ômicron, ainda no primeiro trimestre de 2022, as farmácias registraram 740 mil atendimentos com testes rápidos por semana.

Importadoras dos testes já reagiram ao novo patamar de demanda. A Medlevensohn diz que registrou redução nas vendas e conta com estoque para atender as farmácias até o fim do ano. A Medinova diz que parou de importar os testes após o pico da ômicron por falta de demanda.

 

Fonte: Folhapress