O Progressistas expulsou o deputado estadual Marden Manezes, que, embora fosse filiado ao partido, compunha a base do governador Rafael Fonteles (PT). A decisão foi tomada nesta segunda-feira (17), em uma sessão realizada na sede do diretório, em Teresina, com a participação de dez membros da legenda.

A medida já era esperada, uma vez que, desde dezembro do ano passado, o presidente estadual do partido, Joel Rodrigues, havia dado um ultimato para que os parlamentares aliados ao Palácio de Karnak deixassem o partido em até um mês. A decisão também afeta os deputados estaduais Bárbara Soares e Thales Coelho, ambos do Progressistas.

Atualmente, Thales Coelho está licenciado da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), pois comanda a Secretaria Municipal de Saúde de Picos. O prazo dado pelo partido expirou em janeiro, mas foi prorrogado por orientação do setor jurídico, a fim de garantir uma notificação oficial e assegurar o direito de defesa aos deputados.

Em entrevista ao Portal ClubeNews, Marden afirmou que sua expulsão é um movimento injusto do Progressistas, motivado por questões pessoais.

Deputado estadual Marden Menezes (Foto: Jonas Carvalho/ Portal ClubeNews)

O deputado disse ainda que não definiu qual será seu futuro partidário e que continuará trabalhando na Alepi por melhorias no estado.

“Não há nenhum dispositivo legal, regimental, fático, que tenha sido apontado contra a minha pessoa. O que está acontecendo é uma perseguição de ordem pessoal. O motivo específico eu não sei, até porque eu não tenho problema com ninguém que faz parte da sigla, mas, eventualmente, existem algumas pessoas que desenvolveram a intenção de me perseguir. Vida que segue. É uma decisão que eu entendo como ilegal, injusta, antiética, inclusive, e de caráter persecutório”, ressaltou.

Carta de anuência

Em entrevista ao Portal ClubeNews, o presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues, explicou que a intenção do grupo era que os parlamentares deixassem o partido voluntariamente, por meio da apresentação de uma carta de anuência, o que não foi feito por Marden.

Joel Rodrigues. (Foto: Jonas Carvalho/ Portal ClubeNews)

De acordo com Joel, neste domingo (16), dia anterior à sessão deliberativa sobre o assunto, as defesas de Bárbara Soares e Thales Coelho entregaram um documento solicitando a suspensão do processo de expulsão. O mesmo não ocorreu com Marden.

“Nós já vínhamos pregando que nosso desejo era carta de anuência porque era questão de organização partidária. Não podemos permitir que deputados da base aliada do governador continuem no partido. O pedido de expulsão foi feito pelo Petrus Evelyn [vereador de Teresina]. Na véspera da sessão, as defesas da Bárbara e do Thales pediram suspensão e análise da carta de anuência. O partido concordou em suspender o processo dos dois para encaminhar a solicitação. O mesmo caso não aconteceu no caso do Marden”, pontuou.

Quanto ao prazo para análise da carta de anuência de Bárbara e Thales, Joel esclareceu que a decisão será tomada o mais rápido possível.

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