Um acúmulo anormal de gordura nas pernas e braços é a principal característica do lipedema, doença que foi descrita pela primeira vez em 1940 e que até hoje é comumente confundida com obesidade ou excesso de gordura comum.
Mas diferente da obesidade, a gordura característica do lipedema, marcada por fibrose, pelo aspecto de “casca de laranja” ou “grãos de arroz” e pelo acúmulo significativo de nódulos que se assemelham às celulites, não responde a dieta e exercícios físicos.
Nas redes sociais, ela disse que perdeu mais de 10 kg de gordura e 1 kg de massa magra após o acompanhamento com cirurgião vascular.
Neste domingo (09/03), ela contou como desconfiou do diagnóstico no programa Fantástico, da TV Globo. “As minhas pernas estavam sempre roxas e dor, dor ao toque”, relatou.
“Vemos mulheres que têm a cintura fina [não possuem alta concentração de gordura na barriga], se alimentam de forma equilibrada, praticam exercícios físicos, e acabam frustradas porque continuam com deformidade nos membros”, diz Fábio Kamamoto, cirurgião plástico e idealizador do Instituto Lipedema, localizado em São Paulo.
Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o lipedema como uma doença distinta. Em 2022, o quadro foi incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), um manual amplamente utilizado como referência global para identificação e registro de condições de sáude.
Essa inclusão facilita o diagnóstico padronizado, o registro de casos e o planejamento de políticas de saúde, contribuindo para avanços no cuidado de uma condição ainda pouco conhecida.
No Brasil, entretanto, a adoção da CID-11, prevista inicialmente para 2025, foi adiada para 2027 pelo Ministério da Saúde, que justificou a decisão com a necessidade de treinar profissionais e atualizar os sistemas.
G1