Após o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores aprovar mudanças nas regras do Processo de Eleição Direta (PED) em 2025, petistas do Piauí se dividiram quanto a autorização para a reeleição indistinta de dirigentes partidários na sigla. Anteriormente a legenda permitia apenas as candidaturas por três mandatos, com a nova norma a atual presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, aliada de Lula, poderá se manter no cargo.  

Dentre as determinações, o diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores definiu que por meio do PED, 2,6 milhões de filiados definirão, por voto direto, o sucessor ou sucessora da atual presidenta, além dos membros das direções municipal, estadual e nacional do partido em todo o país.

As eleições serão realizadas em todos os Diretórios Municipais no dia 6 de julho, das 9h às 17h, as chapas serão definidas ao nível municipal e zonal entre 12 de março e 14 de abril, ao nível estadual entre 11 de março e 28 de abril, e ao nível nacional: entre 10 de março e 19 de maio.

Um dos consultados, o vereador Dudu reprovou a decisão.

“A executiva, na minha opinião, foi muito casuísta ao deliberar ontem pelo fim de não repetição de mandatos no diretório e na executiva. Só para vocês terem uma noção, eu particularmente não assumi a executiva estadual por conta de três executivos consecutivos. Mas faz parte. Nós iremos agora continuar da mesma forma”, destacou.

Segundo o vereador, a decisão não resolverá o impasse interno na sigla.

“O PT derrubou essa cláusula de barreira que impedia que você pudesse estar se reelegendo consecutivamente três, quatro vezes. Na minha opinião, isso faz com que o campo majoritário, a CNB, que aprovou essa tese casuisticamente para favorecer ela própria, não vai diminuir a democracia interna do partido. Pelo contrário, vai gerar mais debate”, concluiu.

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