O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio e Serviços de Picos (SINTRACS) anunciou a formalização da Convenção Coletiva de Trabalho para o ano de 2025. O acordo foi firmado após negociações entre o Sindicato Patronal e o Sindicato Laboral, com mediação da Superintendência Regional do Trabalho no dia 31 de janeiro.

O presidente do SINTRACS, Marcos Holanda, destacou a importância do fechamento do acordo dentro do prazo, diferentemente do ocorrido em 2024, quando a convenção coletiva foi fechada apenas em outubro, gerando prejuízos tanto para os empregadores quanto para os trabalhadores do comércio.

Marcos Holanda ressaltou que o sindicato tem garantido condições diferenciadas para os trabalhadores do comércio em Picos, destacando o impacto positivo do reajuste salarial. “Quem trabalha no setor de farmácias recebe um salário R$ 198,00 maior que o mínimo nacional, o que representa um ganho anual de aproximadamente R$ 2.500,00. Já no setor de supermercados, a diferença é de R$ 135,00 a mais por mês, o equivalente a um salário mínimo extra ao longo do ano”, explicou.

Além dos reajustes salariais, o SINTRACS também disponibiliza serviços de assistência aos trabalhadores, incluindo atendimento médico. “Os trabalhadores já ganham pouco e não têm condição de pagar R$ 350,00 ou R$ 400,00 por uma consulta médica. Poder oferecer esse serviço nos deixa muito felizes”, afirmou o presidente.

A convenção também garante o feriado do Carnaval nos dias 3 e 4 de março para os trabalhadores do comércio em Picos, o que não ocorre em outras cidades, como Oeiras. “Essa é uma conquista do sindicato, que luta há anos por melhores condições de trabalho para a categoria”, enfatizou Marcos Holanda.

Segundo ele, a fiscalização será realizada para garantir o cumprimento do acordo. “Em 2023, a convenção não foi fechada a tempo e algumas lojas abriram na segunda-feira de Carnaval, mas fecharam por volta das 10h por falta de movimento. Em Picos, já é uma tradição que não se trabalha nesses dias”, afirmou.

O presidente do SINTRACS destacou ainda o trabalho contínuo da entidade em defesa dos direitos dos trabalhadores. “Recebemos muitas reclamações de trabalhadores de cidades sem sindicato, onde as pessoas chegam a trabalhar 10 ou 12 horas diárias sem registro em carteira. Aqui, conseguimos resolver muitas questões através do diálogo com contadores, advogados e empresários”, finalizou.

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Marcos Holanda