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Dengue tipo 3 volta a circular no país e FMS faz alerta

O Piauí registrou 236 casos prováveis de dengue este ano, sendo 126 confirmados, até agora. Apesar do número de vítimas ser menor que o mesmo período do ano passado, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) fez um alerta para a circulação do vírus tipo 3 da doença que, de acordo com o órgão, não era registrado desde 2008 e já foi detectado em várias regiões do Brasil. Esse sorotipo pode causar a forma grave da doença e grande parte da população está vulnerável. 

A FM informou que está ampliando ações de educação para o combate à doença.  Charles Silveira, presidente do órgão, pede a população que realize inspeções semanais em suas casas para evitar a proliferação do mosquito, principalmente nesse período chuvoso. “Além disso, servidores da FMS inspecionam casas para verificar possíveis criadouros; mas contamos com o apoio de todos para prevenir o acúmulo de água parada. Esta é uma luta pela vida e pela saúde.”

A médica Amariles Borba reforça a importância da hidratação nos pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue. “Recomendamos que esses pacientes têm que ter a urina transparente feito a água que bebe, 24 horas por dia, pois isso é um indicativo de boa hidratação. Estamos fazendo esse tipo de alerta aos profissionais, com base nas recomendações do Ministério da Saúde”, disse.

Ela explica que existem quatro tipos de vírus da dengue, mas qualquer um pode levar à dengue hemorrágica, que é perigosa e pode causar a morte. “Se você tem a dengue tipo 1, ganha imunidade contra esse tipo, mas pode ainda contrair o tipo 2, 3 e 4. Estudos indicam que há um maior risco de formas graves nas infecções posteriores. Além disso, o tipo 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas”.

A médica alerta que, no Brasil, não há vacinas suficientes para todos. “Há uma empresa japonesa, a Takeda, que fabrica a vacina contra a dengue e a vende para o Brasil. Embora outras instituições estejam desenvolvendo vacinas, a quantidade ainda não é suficiente para imunizar toda a população. Além disso, o tratamento é apenas de suporte aos sintomas. Então todos precisamos agir e convocar a população para não criar mosquito”, finaliza.

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