A audiência de instrução e julgamento de Lucélia Maria da Conceição que estava marcada para a próxima quinta-feira (23) foi adiada para o dia 17 de março. O adiamento foi em atendimento ao pedido do Ministério Público do Piauí que solicitou novas diligências.

Lucélia era suspeita de matar duas crianças com cajus envenenados em 2024 em Parnaíba. Após a conclusão do inquérito e sua prisão, uma reviravolta no caso aconteceu após outros membros da família das crianças morrerem envenenados em janeiro deste ano. Os laudos apontaram que as frutas não estavam envenenada, e ela foi solta após cinco meses.  

De acordo com o advogado de Lucélia, Sammai Cavalcante, o MP pediu novas diligências em relação à prova pericial, que são os cajus que foram investigados pelo Instituto de Criminalística do Piauí, e também uma substituição de testemunha. Por conta disso, a audiência foi adiada em um mês e meio.

“O Ministério Público pediu juntada de laudos dos exames periciais e apresentou uma nova quesitação aos peritos. Diante disto, e também, o Ministério Público solicitou a substituição da testemunha, que era a Senhora Francisca, porque ela foi vitimada nessa segunda etapa criminosa e, obviamente, ela ficou impossibilitada de comparecer à audiência”, disse o advogado ao Cidadeverde.com.

Investigação é retomada e delegado ouve depoimentos novamente

O delegado Abimael Silva, que investiga o crime da família envenenada em Parnaíba, afirmou nesta terça-feira (21) que está revendo depoimentos de 18 pessoas e aguarda laudos para a conclusão do inquérito. 

Abimael Silva, que investiga o envenenamento de oito pessoas da mesma família em 1º de janeiro deste ano, também assumiu o inquérito dos dois irmãos que morreram em agosto do ano passado. Os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, foram envenenados em Parnaíba e moravam na mesma casa da família envenenada durante o réveillon.  

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A reviravolta no caso aconteceu com a prisão de Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, que é apontado como suspeito de envenenar oito pessoas, entre familiares e vizinhos no dia 1º de janeiro. As pessoas envenenadas e mortas são mãe, tio e dois irmãos dos garotos mortos em 2024.

O delegado disse que aguarda os laudos das perícias no sangue e urina de Francisco de Assis Pereira da Costa, que é casado com a avó das crianças mortas e padrasto da mãe dos garotos. Ele nega autoria do crime.

Cidade Verde