Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgados pelo IBGE, revelam que 28,1% das pessoas que residem em imóveis próprios no Piauí não possuem documentação que comprove a propriedade. Esse índice representa aproximadamente 754 mil moradores e coloca o estado como o segundo maior em informalidade na posse de imóveis do país, atrás apenas do Maranhão, que registra 35,8%.
A nível nacional, 13% dos moradores de imóveis próprios não possuem o título de propriedade, percentual significativamente inferior ao observado no Piauí. Outros estados do Nordeste, como Ceará (25,4%) e Amazonas (23%), também apresentam índices elevados. Em contrapartida, Santa Catarina (4,6%), Goiás (6,2%) e Paraná (7,9%) possuem os menores percentuais do país.
A documentação de propriedade de um imóvel é o registro legal que comprova a posse e garante ao proprietário direitos como segurança jurídica, acesso a crédito e a possibilidade de realizar transações como venda ou doação. No Piauí, a alta proporção de imóveis sem documentação reflete desafios históricos relacionados à distribuição de terras, políticas públicas e acesso ao registro formal.
Piauí tem 81% da população vivendo em imóveis próprios
O levantamento mostra que 81,2% da população piauiense reside em imóveis próprios, sendo o terceiro maior índice do Brasil, atrás do Maranhão (82,6%) e do Amapá (82%). Desse total, 77,9% vivem em imóveis já quitados, enquanto 3,3% ainda estão pagando pela aquisição.
Entre os demais tipos de ocupação, 11,3% da população vive em imóveis alugados, e 5,8% em imóveis cedidos por familiares. O percentual de pessoas em imóveis alugados no estado é o terceiro menor do país, superando apenas os índices do Maranhão (11,1%) e do Acre (10,2%).
O Dia