A Pesquisa de Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o Piauí lidera entre os estados brasileiros no percentual de domicílios com motocicletas. Segundo o estudo, 56,4% da população do estado residia em lares que possuíam o veículo, mais que o dobro da média nacional, de 27,6%.

Conforme as informações, os estados de Rondônia (52,6%) e Maranhão (49,3%) aparecem logo após o Piauí no ranking, enquanto os menores índices foram observados no Rio de Janeiro (11,8%), Rio Grande do Sul (17,9%) e São Paulo (20,3%). Os dados destacam o papel da motocicleta como um meio de transporte essencial em regiões com infraestrutura viária mais limitada ou dispersão territorial, além de evidenciar certas disparidades econômicas e culturais entre as regiões do país.

A pesquisa também levantou dados sobre o acesso da população a bens duráveis e serviços essenciais, como máquina de lavar, geladeira, microcomputador, automóvel, telefone e internet. Essas informações ajudam a traçar um panorama da qualidade de vida e inclusão digital nos estados.

De acordo com as informações, o percurso de pessoas com máquina de lavar no Piauí, por exemplo, é de 34,8%, valor esse bem abaixo do que foi registrado a nível nacional, que foi de 70,8%.

Confira mais informações:Dados divulgados pelo IBGE na semana passada - (Divulgação/IBGE)

Divulgação/IBGE

Dados divulgados pelo IBGE na semana passada

Mobilidade e impacto social

Especialistas destacam que a alta proporção de motocicletas em determinadas regiões está diretamente ligada à realidade socioeconômica dessas localidades, onde a renda média da população é inferior à de estados mais industrializados. Para muitos, a motocicleta é uma ferramenta indispensável tanto para locomoção quanto para atividades laborais.

Por outro lado, o cenário também acende alertas em relação à segurança no trânsito. Dados do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) indicam que motocicletas são frequentemente associadas a um maior risco de acidentes, especialmente em estados com menos investimentos em infraestrutura viária.

O Dia