O Hemocentro de Picos enfrenta um momento crítico em relação ao estoque de sangue. Há cerca de quatro dias, o banco de sangue vem enfrentando dificuldades, especialmente com a falta de algumas tipagens sanguíneas específicas. Segundo a coordenação do Hemocentro, Ana Paula Batista, não se trata de ausência total de doações, mas de um desequilíbrio entre os tipos sanguíneos disponíveis. “Hoje temos uma tipagem em grande quantidade, enquanto outras estão em baixa”, explicou a coordenadora.

A situação é agravada pelas altas temperaturas, que desencorajam as pessoas a saírem de casa, especialmente no período da tarde. Tipagens negativas, como A- e O-, além de B+ e B-, são as mais afetadas, já que historicamente, são as mais difíceis de encontrar nos bancos de sangue. A queda atual, que deveria ser sentida apenas no final de dezembro, já preocupa os hemocentros de todo o estado. Além de Picos, unidades em Floriano, Parnaíba e Teresina também enfrentam desafios semelhantes.

A resposta a essa situação de emergência tem sido a intensificação das campanhas de sensibilização e busca ativa por doadores. “Estamos mobilizando nossos doadores fidelizados para que compareçam ao Hemopi e façam suas doações, além de realizar ligações para incentivar a participação”, disse.

Além disso, a coordenação reforça a importância de não doar sangue apenas quando um conhecido precisa. “É tão bom quando você faz algo pelo amor, não pela dor”, afirmou a coordenadora, destacando que, ao longo dos últimos anos, a cultura da doação de sangue tem mudado em Picos.

Há cerca de três anos, o Hemocentro de Picos recebia, em média, 150 bolsas de sangue por mês. Hoje, o número subiu para entre 400 e 500 bolsas mensais, mostrando que mais pessoas estão aderindo ao ato voluntário de doar sangue.

Apesar desse progresso, o momento é de alerta, e o Hemocentro de Picos faz um apelo para que a população continue se engajando e ajudando a salvar vidas, especialmente antes do início das festividades de fim de ano.

Confira a entrevista

Ana Paula