A Black Friday promete movimentar a economia brasileira com suas condições e promoções especiais. Apesar de ocorrer sempre na última sexta-feira de novembro (neste ano, no dia 29), muitos estabelecimentos estendem as ofertas durante o mês, o que acaba chamando a atenção de grupos criminosos que buscam aplicar golpes.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), uma das principais abordagens dos criminosos durante a Black Friday é a divulgação de páginas falsas que simulam e-commerce. A criação de perfis falsos de lojas em redes sociais também é comum, bem como o envio de promoções inexistentes por e-mail, SMS e WhatsApp.

Quando receber alguma oferta, é sempre importante fazer o seguinte questionamento: “O produto está com o preço muito abaixo do que é vendido no comércio em geral?”. Se sim, é provável que seja um golpe. O mesmo pode ser identificado caso o vendedor esteja fazendo pressão para fechar logo uma compra dizendo que ela pode ficar indisponível.

Além das páginas falsas, os criminosos tendem a clonar sites de varejistas famosos para induzir os consumidores ao erro, trocando ou colocando uma letra a mais no endereço do site. Um bom exemplo é a troca da letra “o” pelo número “0”, que, muitas vezes, fica imperceptível aos olhos do comprador. O ideal é sempre digitar o endereço do site direto na barra do navegador e evitar clicar em links enviados por e-mail ou SMS.

Outra situação de golpe ocorre em lojas em redes sociais. Geralmente são perfis recém-criados, com ofertas muito vantajosas e com 100% de depoimentos positivos de compradores recomendando a venda.

Além dos golpes, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) alerta para a veracidade dos descontos oferecidos. Muitos estabelecimentos podem utilizar práticas enganosas, como o aumento artificial de preços antes do período promocional. Outro foco de atenção deve ser a transparência nas políticas de devolução e de reembolso.

O consumidor deve estar bem-informado e não hesitar em denunciar qualquer prática abusiva. A Black Friday deve ser um momento de oportunidade, e não de frustração ou arrependimento”, pontuou o secretário da pasta, Wadih Damous.

Veja as principais dicas para fazer compras seguras nesta Black Friday:

  • Dê preferência aos sites conhecidos para as compras e verifique a reputação de endereços não conhecidos em páginas de reclamações;
  • Compare os preços com antecedência para avaliar se os descontos oferecidos são reais;
  • Tenha muito cuidado com e-mails de promoções que tenham links. Ao receber um e-mail não solicitado ou de um site no qual não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se realmente se trata de uma empresa idônea. Acesse o site digitando os dados no navegador e não clicando no link;
  • Sempre desconfie de empresas que pedem pagamentos antecipados e prometem entregas em prazos longos;
  • Verifique com atenção as formas de pagamento oferecidas pelo e-commerce e desconfie quando existem poucas opções;
  • Desconfie das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto, pois criminosos se utilizam da empolgação dos consumidores em fazer um grande negócio para coletar informações e aplicar golpes;
  • Golpistas criam perfis falsos de lojas e patrocinam posts nas redes sociais para enganar o consumidor. Verifique se a página tem selo de autenticação e número de seguidores compatíveis. Desconfie de páginas recém-criadas;
  • Dê preferência para o uso de cartão virtual nas compras online;
  • Se for fazer uma compra presencial com cartão, sempre confira o valor na maquininha de cartão antes de digitar a sua senha;
  • Insira você mesmo o cartão na maquininha. Caso tenha entregado o cartão ao vendedor, sempre verifique se o cartão devolvido é realmente o seu. Golpistas costumam aproveitar o momento de empolgação e aglomeração no comércio de rua para trocar o seu cartão;
  • Se for pagar com Pix, sempre faça o pagamento dentro do ambiente da loja virtual. Quando o varejista fornecer o código QR Code, confira com atenção todos os dados do pagamento e se a loja escolhida é realmente quem irá receber o dinheiro. Só após essa checagem detalhada, faça a transferência. A mesma dica vale para pagamentos com boletos.

SBT News