Francisco de Lima e Silva, de 42 anos, apontado como principal suspeito de ter assassinado a facadas a companheira Karlene Dias Leal, de 44 anos, se apresentou na Delegacia Regional de Polícia Civil de Jaicós e está preso.

A informação foi confirmada nesta terça-feira, 22, pelo delegado Marcelo Barreto, em entrevista.

“Havia um mandado de prisão em aberto e ele estava no status de foragido. O advogado nos falou que havia esse interesse na apresentação espontânea, que ele [o suspeito] não estava mais suportando viver daquele jeito. Inclusive, alegava que estava sofrendo ameaça e tudo mais. Conseguimos negociar e ele se apresentou.”, disse o delegado.

O Barreto informou que Francisco de Lima já foi interrogado e deu algumas informações relativas ao fato. De acordo com o delegado, o suspeito confessou o crime, mas alegou uma situação de legítima defesa.

“A gente tem que avaliar o depoimento com o conjunto amplo que está documentado nos autos, analisar se houve qualquer tipo de omissão dele, se ele conseguiu chamar o socorro a tempo, diante daquilo, como é que ele se portou.”, pontuou o delegado.

Em entrevista, o delegado falou sobre os próximos passos e sobre o tempo que acusado pode permanecer preso.

“Nós realizamos o cumprimento do mandado de prisão, que é uma prisão de natureza cautelar, a título de prisão temporária, com prazo determinado. Como o delito é um delito hediondo, a duração é de 30 dias. A gente vai buscar mais elementos nesse período para pedir, inclusive, a renovação motivada para uma nova apreciação judicial, que dos 30 dias pode se renovar por igual período, de mais 30 dias, no caso, 60. A gente ainda pode pedir a conversão dessa prisão temporária em um novo título prisional, também de caráter provisório, que é a prisão preventiva, que vai ter duração de mais de 10 dias para a gente concluir as nossas investigações.”, informou.

Depois, segundo Barreto, o inquérito será remetido à Justiça.

“Esgotado o período de 70 dias, é a prisão provisória, a título preventivo, não mais temporário, que tem duração indeterminada. No trâmite do processo, se o juiz entender, com a apreciação do Ministério Público, que subsiste elementos da cautelaridade, ele pode permanecer preso nesse ao longo de toda a marcha processual. É um procedimento de um crime doloso contra a vida, e muito provavelmente, se assim denunciado, se assim for entendido pelo Ministério Público e seguido pelo juiz de receber a denúncia vai ser pronunciado e vai a júri popular.”, detalhou o delegado.

A Polícia Civil trabalha segue com as diligências investigativas para fortalecer as provas. “Já tem um estande probatório suficiente, tanto que legitimou a decretação da prisão dele.”, pontuou.

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