O Brasil ocupa o terceiro pior índice de saúde mental em um ranking de 64 países, superando o Reino Unido e a África do Sul, e está 11 pontos abaixo da média global. Essa informação é revelada no relatório “The Mental State of the World in 2023” – O Estado Mental do Mundo em 2023, em português – na página 6. O estudo destaca que a população ainda não se recuperou do declínio psíquico observado durante a pandemia de covid-19 e traz alertas sobre a saúde mental também no ambiente empresarial.
Diante desse cenário, o mundo corporativo pode enfrentar desafios nas iniciativas de geração de empregos e oportunidades, especialmente no que diz respeito à promoção de jovens nas empresas. Segundo o estudo, na página 17, a população jovem é a mais impactada em termos de saúde mental, com indivíduos entre 18 e 24 anos apresentando uma probabilidade cinco vezes maior de relatar problemas nesse aspecto em comparação com a geração de seus avós.
Já a Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca, em seu relatório “Workplace Stress: A Collective Challenge” – Estresse no ambiente de trabalho: um desafio coletivo, em português – na página 2, que mais de 40 milhões de pessoas enfrentam estresse relacionado ao trabalho. Além disso, estima que o custo da depressão associada ao trabalho chega a 617 bilhões de euros. Embora o relatório reconheça a necessidade de mais dados e análises, essas cifras ressaltam a urgência do problema.
Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), ressalta a crescente importância de priorizar o bem-estar psicológico no ambiente corporativo, que se torna cada vez mais desafiador. Ele observa que, diante da pressão por resultados e das altas demandas de trabalho, muitos profissionais enfrentam dificuldades que impactam sua saúde mental, resultando em problemas como estresse e ansiedade.
“Datas como o Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, destacam a importância das empresas em promover um ambiente de trabalho saudável. Essas organizações têm um papel fundamental não apenas ao reconhecer os desafios da saúde mental, mas também ao agir proativamente na prevenção de problemas relacionados a esse tema”, conclui.
Folhapress