A cidade de Picos, no Piauí, registrou uma umidade relativa do ar de apenas 15% nesta terça-feira (3), um índice crítico, próximo ao encontrado em regiões desérticas como o Saara. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essa combinação de calor extremo e seca prolongada está afetando grande parte do país, mas Picos se destaca pela intensidade dos efeitos climáticos.

Com temperaturas elevadas e ausência de chuvas há mais de cem dias, o ar seco tem tornado a respiração difícil para a população local. A onda de calor, que se intensificou no início de setembro, fez os termômetros em Picos registrarem temperaturas acima dos 37°C, potencializando ainda mais o desconforto. A falta de umidade no ar, geralmente abaixo dos 30%, é classificada como estado de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A umidade em Picos chegou a 15%, o que é extremamente preocupante. Esses níveis são semelhantes aos registrados no deserto do Saara, e colocam a população em uma situação de risco, especialmente para crianças e idosos”, afirmou um especialista consultado.

O cenário de seca em Picos faz parte de um problema maior que atinge o Brasil. O país vive a pior e mais extensa seca em décadas, com mais de 244 cidades registrando umidade do ar comparável a desertos. Em algumas localidades, como no interior do Mato Grosso e Minas Gerais, os termômetros chegaram a 40°C.

A cidade de Picos, conhecida por seu clima semiárido, está entre as mais afetadas no estado do Piauí. Além do desconforto térmico, a baixa umidade pode agravar problemas respiratórios e aumentar o risco de incêndios florestais.

Recomendações para a População:

  • Beba bastante água para evitar a desidratação.
  • Evite exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia.
  • Use umidificadores de ar ou coloque bacias com água nos ambientes internos para melhorar a qualidade do ar.

Com a previsão de continuidade do calor nos próximos dias, a expectativa é de que os níveis de umidade continuem críticos, fazendo com que Picos e outras cidades da região entrem em estado de atenção máxima.

Fonte: Riachão Net