O governo federal decidiu adiar o anúncio do Plano Safra, que estava previsto para esta quarta-feira (26). A nova previsão é de que o evento para divulgar os valores que serão disponibilizados ao agronegócio aconteça no dia 3 de julho, no Palácio do Planalto.
A confirmação do adiamento foi feita pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O encontro, que também teve a participação dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Carlos Fávaro, da Agricultura, foi marcado para que ajustes fossem feitos.
Segundo Teixeira, a decisão de adiar o evento foi tomada para que a equipe do governo tenha mais tempo de organizar a cerimônia. Nos bastidores, a informação que circula é de que o governo quer evitar um esvaziamento do evento.
Questionado sobre a definição dos valores, o ministro disse à CNN que “ainda tem consultas a serem feitas”.
Segundo fontes do governo, os valores destinados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário já estão fechados, enquanto os valores para o Ministério da Agricultura precisam ser ajustados.
Entidades ligadas ao agronegócio sugeriram ao Executivo a oferta de R$ 570 bilhões, sendo R$ 470 bilhões para médios e grandes produtores e R$ 100 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A pasta da Agricultura solicitou R$ 452 bilhões de crédito para médios e grandes produtores, e a do Desenvolvimento Agrário pleiteou R$ 80
bilhões para agricultura familiar e pequenos produtores.
Integrantes da equipe econômica, no entanto, indicaram que as demandas não devem ser totalmente aprovadas. De toda forma, pode ser o maior valor já disponibilizado para o programa.
Evento cancelado
Na semana passada, o ministro Carlos Fávaro tinha confirmado, por meio de uma rede social, que o lançamento do Plano Safra seria em Mato Grosso, na cidade de Rondonópolis, mas o evento foi cancelado.
A iniciativa tinha como objetivo buscar uma reaproximação de Lula com o setor do agronegócio, em uma região onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem altos índices de aprovação.
Fonte: CNN Brasil