A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) já confirmou 8 casos da febre Oropouche no estado, segundo informação divulgada nesta quinta-feira (11). A doença é transmitida pela picada de um mosquito e possui sintomas parecidos com a dengue.
De acordo com a Sesapi, os casos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí Dr. Costa Alvarenga (LACEN-PI). São 3 casos confirmados em Teresina e 5 casos confirmados em Amarante. Dois pacientes têm acima de 60 anos de idade.
A detecção dos casos é considerada um evento atípico, pois a doença não é considerada endêmica no Piauí.
Transmissão
A transmissão da febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece se multiplicando no mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença, silvestre e urbano. No primeiro, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Quanto ao ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus e o maruim também é considerado como principal vetor. Entretanto, mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus (um tipo de “muriçoca”) é comumente encontrado em ambientes urbanos e pode, ocasionalmente, transmitir o vírus Oropouche aos humanos.
Sintomas
Os sintomas da febre Oropouche são similares aos das outras arboviroses, sendo difícil diferenciá-los das demais. É comum haver:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular;
- Dor nas articulações;
- Surgimento de manchas na pele;
- Náuseas;
- Diarreia.
Diagnóstico
O diagnóstico de febre Oropouche é feito com base nos sintomas do paciente, na história epidemiológica e nos exames laboratoriais.
No início da doença, o diagnóstico pode ser realizado a partir de testes que identificam a presença do vírus, como o PCR. Já em quadros clínicos mais tardios, pode ser realizada a sorologia (ou seja, a pesquisa de anticorpos produzidos em resposta à infecção). Ambos os procedimentos dependem da coleta de uma amostra de sangue do paciente.
Tratamento
Não há um tratamento específico para a febre Oropouche. Em geral, o paciente é orientado a ficar em repouso e, a depender do quadro, são feitas medicações sintomáticas para controlar, por exemplo, a dor e a febre.
Prevenção
Evitar a proliferação de criadouros de mosquitos e o contato com eles são a principal forma de prevenção da febre do Oropouche. Em especial durante visitação de regiões de mata, é fundamental que sejam utilizadas roupas de mangas compridas e repelentes sobre as áreas expostas de pele.
Fonte: Piaui Hoje