Por Marina Sérvio
Após a segunda audiência de conciliação entre representantes do Governo do Estado e professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), a greve da categoria pode chegar ao fim nesta terça-feira (05). O movimento teve início no dia 2 de janeiro deste ano.
A decisão surgiu após um acordo que envolveu diversos compromissos entre as partes, incluindo o reajuste de 17%, a ser pago em três parcelas nas seguintes datas: 1º de maio de 2024, 1º de maio de 2025 e 1º de maio de 2026. Além disso, a categoria assegurou a reposição das atividades perdidas durante o movimento para não prejudicar o desenvolvimento educacional dos alunos. O Governo do Estado pagará os valores descontados no contra-cheque dos grevistas através de uma folha suplementar.
Segundo a professora Lucineide Barros, representante da categoria, a reunião encerrou às 20h30 desta segunda-feira (04), e uma assembleia está prevista para esta terça-feira.
“Foi bastante demorada, pois tivemos que discutir todos os pontos da pauta. Praticamente todos foram atendidos, alguns de maneira mais satisfatória do que outros. De algum modo, todos têm algum tipo de atendimento, com exceção do auxílio alimentação. Na terça-feira, às 9 horas, teremos a Assembleia no Campus Torquato Neto e devemos apresentar a ata dessa audiência que foi produzida hoje”, destaca a professora.
Outra medida aceita pelo Governo foi o arquivamento do Projeto de Lei Complementar do Governo 9/23 (PLCG), que altera o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos professores da Uespi. A pauta só será retomada após um estudo sobre o regime de trabalho dos docentes da Uespi, com a participação do ADCESP.
O secretário estadual de administração, Samuel Nascimento, que participou das negociações, considerou a conclusão satisfatória. “Estamos satisfeitos com o acordo. Todas as negociações foram conduzidas de forma transparente e colaborativa, visando chegar a um consenso quanto ao que é reivindicado e o que pode ser atendido, e buscando garantir a valorização dos professores e a qualidade do ensino superior público do Estado”, destacou o secretário Samuel Nascimento. O governo também reafirmou, em nota, que o reajuste proposto está acima dos 4,62% registrados pela inflação.
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