Por Adriana Magalhães
Os professores da Universidade Estadual do Piauí iniciaram nesta terça-feira (02) uma greve por tempo indeterminado na instituição. O movimento foi aprovado no último mês de dezembro em assembleia da categoria, mas o Governo do Estado pediu e o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) decretou, a ilegalidade do movimento. A aulas estão previstas para retornar na próxima segunda-feira (08).
“Não fomos notificados ainda sobre a ilegalidade da nossa greve, mas assim que formos iremos recorrer”, explicou o professor Gisvaldo Silva, coordenador de Política e Formação Sindical da Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP) e diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Segundo a categoria, o movimento reivindica a recomposição de perdas salariais dos professores nos últimos dez anos.
“A greve tem base em duas questões fundamentais: a primeira é a indisposição do Governo do Estado em negociar a recomposição das perdas salariais, que já ultrapassa o percentual de 68%. Há 10 anos a categoria não tem reajuste salarial e passa por um longo período de achatamento de salários”, pontua Gisvaldo.
Além disso, a categoria também discorda do Projeto de Lei Complementar 09/2023, de autoria do Governo do Estado e, aprovado pela Assembleia Legislativa do Piauí, que aumenta para 16h a carga horária obrigatória de ensino dos professores 40h.
“O PL afronta a autonomia universitária e o tripé: ensino, pesquisa e extensão que constitui a universidade pública”, explica.
A categoria volta a se reunir na próxima segunda-feira (08) para avaliar o movimento. E no dia 11 realiza marcha em direção do Palácio de Karnak.
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