O Ministério da Saúde emitiu na quarta-feira (6) uma recomendação para a aplicação de uma nova dose da vacina bivalente da Covid-19 em grupos prioritários.
A orientação tem como objetivo proteger os brasileiros com maior risco de contrair a doença após a identificação da circulação no Brasil de duas sublinhagens de uma das variantes do coronavírus.
Aqueles que forem tomar a nova dose da bivalente precisam ter recebido a última dose do imunizante há mais de seis meses.
💉O reforço é indicado para os seguintes grupos:
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Imunocomprometidos acima de 12 anos de idade
Quem são os imunocomprometidos? As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas. O grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado.
Novas variantes da Covid-19
O ministério monitora a evolução de duas novas sublinhagens de uma variante do vírus no Brasil: a JN.1 e a JG.3.
“Seguimos atentos ao cenário epidemiológico da Covid-19. Com a identificação de duas novas sublinhagens no país, a JN.1 e JG.3, decidimos antecipar para grupos prioritários uma nova dose da vacina bivalente. A vacinação é essencial para nossa proteção”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima.
De acordo com o órgão, a JN.1 foi inicialmente detectada em exames realizados no Ceará e tem ganhado proporção global, correspondendo a cerca de 3% dos diagnósticos no mundo.
Já no caso da JG.3, também identificada no Ceará, há um monitoramento sendo realizado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
As subvariantes já foram encontradas em 47 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vacinação contra o coronavírus no Brasil
Mesmo com os altos índices de vacinação da população no Brasil, com mais de 518 milhões de doses aplicadas contra a Covid-19, a cobertura da vacina bivalente é baixa.
Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 17% da população foi imunizada com a dose bivalente. A vacina serve como um reforço para a imunização realizada com as demais vacinas monovalentes.
Em outubro, o ministério anunciou que, a partir de 2024, a vacinação contra a Covid-19 passará a ser anual para crianças e grupos prioritários. Com isso, a imunização contra a doença será incluída no Calendário Nacional de Vacinação.
Ainda segundo o ministério, a vacinação em 2024 deve ter como o foco crianças entre seis meses e 5 anos.