A indicação será publicada no Diário Oficial da União (DOU). Depois, para que Dino de fato se torne ministro da Corte, precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o seu nome aprovado no plenário da Casa.
Dino foi indicado para a vaga aberta com a saída de Rosa Weber, que se aposentou no final de setembro. É o segundo nome indicado por Lula à Corte em seu terceiro governo; o primeiro foi Cristiano Zanin, para a vaga deixada por Ricardo Lewandowski.
Perfil
Flávio Dino tem 55 anos. Ele nasceu em 30 de abril de 1968, na cidade de São Luís, e construiu sua carreira política na capital maranhense.
Ex-juiz federal, ex-deputado federal e atualmente senador pelo Maranhão licenciado, possui experiência nos três Poderes da República.
No primeiro governo Dilma Rousseff (PT), foi presidente da Embratur. Em 2014, foi eleito governador do Maranhão, posto para o qual foi reeleito 2018. Em abril do ano passado, Flávio Dino deixou o cargo para ser candidato ao Senado Federal pelo Maranhão nas eleições 2022 e se elegeu.
Ele é advogado e professor de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desde 1993, possui mestrado em direito público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e deu aulas na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), de 2002 a 2006.
Lula fez o anúncio de que ele seria seu ministro da Justiça e Segurança Pública em dezembro do ano passado. Vem exercendo a função, então, desde janeiro deste ano.
A escolha
A indicação de Dino ao Supremo desagrada integrantes da cúpula petista, pois o atual ministro da Justiça e Segurança Pública é do Partido Socialista Brasileiro (PSB), com movimentação política própria. O PT torcia por Jorge Messias, atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).
Apesar do desgaste dos últimos dias, Dino sempre foi visto por Lula com um nome de peso para enfrentar futuros debates que tenham como alvo nomes do atual governo e também a defesa mais enfática das próprias pautas da esquerda.
Fonte: Sbt News