O câncer de próstata é o 2º mais comum entre homens no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A doença afeta principalmente homens a partir dos 60 anos. Métodos diagnósticos têm contribuído para o aumento na expectativa de vida, com um percentual alto de chance de cura, atingindo 90% em casos de detecção precoce.
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é responsável pela produção dos nutrientes e fluidos que constituem o sêmen. Está situada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Por seu interior, passa a uretra, o que, anatomicamente, explica o motivo das alterações prostáticas originarem dificuldade para urinar, queixa comum nos homens com mais de 50 anos. Na maioria dos casos, essa dificuldade é causada pelo crescimento benigno da próstata, que ocorre com o avançar da idade e recebe o nome de hiperplasia prostática benigna.
O câncer de próstata pode se iniciar em qualquer região da glândula. À medida que cresce, vai ocupando gradativamente os lobos direito e esquerdo da próstata. Nas fases mais avançadas, invade por continuidade a cápsula que a reveste, para depois chegar aos tecidos adjacentes, incluindo as vesículas seminais.
Em tumores mais volumosos, o paciente sente dificuldade para urinar, ardor e jato urinário fraco, acorda à noite várias vezes para urinar, apresenta gotejamento de urina após completar a micção e, mais raramente, queixa-se de dor e da presença de sangue na urina e no esperma. Com o passar do tempo, as células malignas pode atingir os linfonodos da região, cair na corrente sanguínea e se espalhar para outros órgãos.
Para investigar os sinais e sintomas de um câncer de próstata e descobrir se a doença está presente ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais: o de toque retal (o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata) e o exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata. Níveis altos dessa proteína podem indicar sinais de câncer, mas também hiperplasias benignas da próstata.
Fatores que aumentam as chances
-Idade: o risco aumenta com o passar dos anos. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
-Histórico de câncer na família: homens cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
-Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.
Como prevenir?
Já está comprovado que uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
O acesso à informação, a realização de exames periódicos de rotina e o acompanhamento médico estão entre os fatores que mais influenciam o sucesso do tratamento no combate ao câncer. Quando realizado um diagnóstico precoce e específico para cada tumor, muitos terão maiores chances de cura.
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