O estudante Alisson Mesquita, do 8º período do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), desenvolveu uma impressora 3D de baixo custo para aplicações em engenharias. O projeto inovador foi publicado na revista internacional ‘The Journal Engineering Exact Sciences’.
Segundo o aluno, o protótipo de impressora 3D desenvolvido por ele conseguiu atingir a qualidade de alguns produtos que estão no mercado.
“Inicialmente, nós pensamos em comprar uma máquina, mas vimos que não era viável. Daí desenhamos a estrutura da impressora e colocamos a mão na massa. Quando concluímos, vimos que a qualidade da nossa se equiparava à algumas que já estão no mercado”, destacou Alisson.
Alisson faz parte do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Energias Renováveis de Tecnologias Sociais (NUFPERPI). Ele destacou a utilização da impressora 3D em outros projetos.
“O projeto foi um sucesso, já que muitos estudantes utilizam essa impressora no laboratório. Inclusive, outros projetos científicos que utilizaram a impressora já ganharam prêmios e menções honrosas também. Com isso conseguimos ver a importância dela”, comentou.
Para professor de engenharia elétrica Juan Aguiar, a impressora 3D era uma necessidade do curso, tanto para os pesquisadores quanto para o ensino em cursos de robótica. Mas na pandemia da Covid-19, a impressora foi utilizada para produzir máscaras face Shields, que protegem o rosto e os olhos dos profissionais da saúde.
“Esse projeto saiu de uma necessidade. Nós precisávamos de equipamentos para o laboratório, mas o custo é muito alto, então decidimos fazer protótipos de plástico para que pudéssemos modelá-las e ensinar o aluno toda a engenharia de criação da máquina”, explicou o professor.
Rastreador solar
Rastreador solar — Foto: Ascom/Uespi
Outro projeto inovador desenvolvido pelo estudante Alisson Mesquita foi o ‘rastreador solar’, que otimiza a geração de energia elétrica a partir de sistemas fotovoltaicos. O protótipo liga os módulos de energia solar a um sistema robótico, fazendo a placa ‘seguir’ o sol durante o dia, aumentando a energia gerada.
“A placa estimula um sistema fotovoltaico real, utilizados nas residências. Ele foi feito para fomentar o aprendizado prático da montagem de um sistema solar, já que na dentro do curso de engenharia elétrica temos um núcleo de formação e pesquisa que incentiva treinamento de capacitação na área de energias renováveis”, explicou o estudante de engenharia elétrica.
Fonte: g1 PI