Acontece hoje (01) no Piauí uma nova paralisação dos médicos. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na última segunda-feira (29). Os médicos realizam a paralisação com o objetivo de reivindicar a realização de concursos públicos, aumento de salário, correção pela insalubridade e não privatização do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em entrevista ao Portal Grande Picos, o médico e diretor do Sindicato dos Médicos do Piauí, José de Almeida, fala sobre a paralisação que acontece na data de hoje.
“Hoje está tendo em todo estado do Piauí uma paralisação de protesto e luta da classe médica que foi decida em assembleia na última segunda-feira (29). O objetivo é chamar a atenção dos gestores estaduais, estamos contra a não realização dos concursos públicos, lutando pelo reajuste salarial contra a insalubridade, o nosso reajuste salarial e a não privatização do SUS. Há muito tempo não há concurso público, para se ter ideia, 80% de quem trabalha nos hospitais, trabalha sem vínculo tendo ali dentro uma indicação e isso se torna uma situação precária. Queremos melhoria na seleção através dos concursos; outro ponto é o reajuste salarial, há tempos não há ajustes, tendo o salário defasado, além da insalubridade que há tempos não está boa. O Hospital Regional necessita de uma organização, falta recursos e estamos na luta para isso, lutamos também para que o sistema não se privatize, a nossa luta hoje está com todo esse intuito”, pontuou.
O médico sindicalista pede a compreensão da população diante da paralisação.
“Peço à população que compreenda o motivo da paralisação na data de hoje. É importante lembrar que todos devem dizer não a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), pois precisamos de um hospital com uma estrutura melhor, onde toda a população possa, de certa forma, ter um bom atendimento, que não haja falta da medicação e equipamentos, que sirva para todas as demandas e serviços que o hospital oferece; ter seu direito garantido da melhor forma, pois essa luta não e só da classe médica, mas sim de todos”, completou José de Almeida.
Só estão paralisados os procedimentos eletivos sem urgência como atendimentos em ambulatórios além de consultas medicas ou cirurgias programas pelo sus, e importante lembrar que a paralisação não irá afetar nenhuma ocorrência de urgência e emergência esses casos são de extrema importância.