Por: Daniel Holanda
A caminhada teve como objetivo dizer não ao tipo de tratamento oferecido pelos manicômios
A Prefeitura de Picos, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), realizou na tarde da última quarta-feira (17), uma Caminhada pela Luta Antimanicomial. A caminhada saiu da Praça da Igrejinha, passando pela Avenida Getúlio Vargas até à Praça Felix Pacheco.
A caminhada teve como objetivo dizer não ao tipo de tratamento oferecido pelos manicômios, ou seja, evitar a permanência dos pacientes em locais fechados e sem o atendimento profissional adequado.
A secretária de Saúde, Tatiane Gil, participou da caminhada, e na oportunidade falou da importância do tratamento humanizado para as pessoas que sofrem com problemas mentais.
“Estamos aqui fazendo uma caminhada da semana da luta Antimanicomial, onde buscamos conscientizar toda população sobre os tratamentos que são ofertados, hoje, de forma humanizada para pessoas que tenham algum sofrimento mental. Então, estamos aqui para trazer essa mensagem para as pessoas que existem um tratamento, e que essas pessoas podem ser inseridas e incluídas na sociedade”, disse a Secretária de Saúde.
O Dia da Luta Antimanicomial é comemorado em 18 de maio. “O movimento faz lembrar que como qualquer cidadão os pacientes com transtorno mental, ele tem direito a liberdade. E que tratar não é trancar. É um paciente que tem o direito de viver na sociedade, além de receber informações em relação ao tratamento”, esclarece a coordenadora do CAPS II, Aurelândia Rocha.
Além da presença da Secretária da Saúde, Tatiane Gil, o evento contou com a participação dos usuários do CAPS II, servidores da área de saúde e do CAPS II, banda de música da Prefeitura e da população em geral.
Dia da Luta Antimanicomial
O Dia da Luta Antimanicomial é comemorado em 18 de maio. Ela surgiu através de uma reforma psiquiátrica da década de 70, quando profissionais da saúde, trabalhadores, usuários e familiares iniciaram um movimento contra os ditos manicômios como forma de tratamento.
Pelo fato de que milhares de pacientes já morreram e ainda morrem dentro dessas instituições devido à desumanidade no cuidado, em 2001 foi promulgada a Lei No 10.216, que garante o direito das pessoas em sofrimento mental, serem tratadas dentro de um contexto comunitário, tendo eles garantidos os direitos de qualquer cidadão, ficando vetado o tratamento dentro de instituições com privação de liberdade.
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