O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) falou à GloboNews sobre o texto do arcabouço fiscal apresentado pelo relator Claudio Cajado nesta terça-feira (16). Ele prevê alguns pontos que desagradaram setores do governo, como a quantidade de gastos públicos em comparação com a arrecadação, os chamados “gatilhos”.

Lindbergh afirmou que os gatilhos propostos por Cajado deixam o governo preso, e mais, distante da principal política governista – a preocupação com questões sociais.

“Até a votação na terça-feira, tem uma parte do PT que quer dialogar com o relator e apresentar destaques. Nós queremos apresentar destaques. Esses gatilhos são muito ruinsPara que fazer essa história de congelamento de salário de setor público? Para que impedir a criação de concursos públicos?”, argumenta o deputado.

Lindbergh diz que mesmo que não haja unanimidade do partido, o governo quer apresentar destaques para aproximar o texto de Cajado da proposta apresentada anteriormente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mais alinhada com os propósitos sociais do governo.

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“Até a terça-feira a gente quer trabalhar para mudar esse texto. Estamos negociando com a bancada, tem uma parte da bancada do PT é contra a gente apresentar destaquesmas a gente tem que fazer isso. O Cajado desconfigurou a proposta inicial do Haddad. E o nosso medo é que estejam amarrando o governo Lula”, diz Lindbergh.

Lindbergh reforça que acredita no crescimento da economia a partir de agora. Mas diz acreditar que há espaço para os investimentos no social.

Nós temos hoje a maior taxa de juros do mundo. Se a gente não puder aumentar os investimentos e gastos sociais, e o arcabouço do Cajado impede isso, a gente vai ficar travado”, lamentou.

Fonte: G1