Plantações de Feijão Caupi no município de Pio IX e Ipiranga foram atacadas por uma praga que causou a perda de quase toda a produção no local. Os técnicos da Sada, Adapi, da Embrapa e da Secretaria Municipal de Agricultura de Ipiranga do Piauí visitaram o local para identificar o problema.
“Como se trata de uma praga que não se tem registro atacando o feijão Caupi, primeiramente trabalhamos com a hipótese de ser um inseto já presente na região e que, por alguma situação climática ou ambiental, foi beneficiado se multiplicando e chegando a atacar uma cultura que normalmente não ataca e, uma segunda hipótese, trata-se de um inseto exótico”, explicou Ozael Valério, Gerente de Defesa Vegetal da Adapi.
Os produtores relatam perdas de 70% a 100% da produção. “Toda vagem e a semente do feijão estão prejudicadas. Mas, só da equipe da Adapi e da Embrapa estarem aqui, já é uma esperança para gente, porque já perdemos todo o nosso investimento feito nessa produção”, disse Erinaldo Andrade, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pio IX.
Elvis Ramos, prefeito de Ipiranga, também relata a preocupação quanto a esse mal. “Estamos bastante preocupados com essa praga que está comprometendo toda nossa safra de feijão Caupi, mas estamos dando todo o apoio aos pesquisadores para solucionar esse problema e diminuir os prejuízos ao agricultor”.
Nas diversas áreas visitadas com cultivo de feijão Caupi, tanto em Pio IX quanto em Ipiranga, foram apresentados os mesmos sintomas referentes à presença da praga. “Em todas as áreas visitadas foram observados nas vagens danos aos grãos em formação, presença de larvas de insetos, pupas e de moscas realizando postura de ovo. Pela atividade da praga, a maior parte dos grãos de feijão não se desenvolve ou fica muito danificado”, esclareceu Paulo Segundo, Coordenador de Defesa Vegetal da Adapi.
No ano passado, houve relato de algo parecido na produção de feijão Caupi na região, mas com intensidade e consequências quase inexpressivas. Segundo os fiscais, as amostras coletadas foram encaminhadas à EMBRAPA Meio Norte e uma parte da coleta feita pela ADAPI foi enviada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária para identificação. As medidas de controle referentes a essa praga dependem da identificação do inseto.
A Adapi está realizando um trabalho de levantamento fitossanitário de detecção e delimitação da área atacada para as tomadas de decisões conforme o resultado das análises.
Fonte: CCOM