A internet se tornou essencial no dia-a-dia, mas com ela vem aumentando o número de criminosos que se aproveitam para a aplicação de crimes. Somente em 2022 foram registrados 3.712 mil boletins de ocorrência na Delegacia de Repreensão dos Crimes de Informática no estado do Piauí.

Em entrevista ao Cidadeverde.com o delegado Humberto Mácola informou que os criminosos estão sempre criando novos golpes, entre os cinco crimes mais comuns no estado estão a clonagem do WhatsApp e Instagram, golpe da novinha, empréstimo fraudulento, o anúncio dublê e o estelionato amoroso.

“O cometimento de crimes virtuais tem aumentado sobremaneira no passar dos anos, então a vítima tem que saber qual a plataforma que recebeu o golpe, primeiramente entrar em contato com essa empresa, por meio de denúncia, pois a maioria possui esse canal, fazer um Boletim de Ocorrência para registar aquele evento, pois ele tem dupla finalidade. No momento que faz o B.O. a pessoa noticia o crime, e a polícia tem a obrigação de investigar e outro ponto é fazer que aquele evento se torne oficial para o mundo jurídico. Às vezes a pessoa diz que não quer fazer, pois acha que não vai dar em nada, o que não é verdade, pois vai dar em alguma coisa. E se o criminoso usou os dados pessoais dela para obter um empréstimo ou para se passar por ela, vai estar resguardada pela notícia do Boletim de Ocorrência”, explicou.

Ao todo a delegacia registrou no ano passado, 3.712 boletins de ocorrência, sendo 2.061 por casos de estelionato, 881 por invasão do dispositivo e 770 relacionados a outros casos.

Ao portal Cidadeverde.com, o delegado Humberto Mácola citou os cinco crimes que mais aparecem na delegacia e explicou como as pessoas podem evitar cair nesses golpes.

Clonagem do WhatsApp

Um dos golpes mais conhecidos, ele acontece quando o criminoso consegue fazer uma clonagem do WhatsApp da vítima, tem acesso à lista de contatos e começa a pedir dinheiro ou empréstimo para amigos e familiares.

“O criminoso, por uma engenharia social, entra em contato com a vítima, se passando por atendente de uma empresa de manutenção, ou uma empresa que a vítima tem algum vínculo, dizendo que vai enviar um SMS contendo um código, dizendo que será feita uma atualização. A vítima passa aquele número, e o criminoso faz a transferência da conta do WhatsApp da vítima, para a linha do criminoso, aí ela perde acesso e o criminoso pega a lista de contatos da vítima e começa a pedir dinheiro, dizendo que está passando por dificuldade ou pedindo que seja feita uma transferência bancária, que no mesmo dia vai fazer o pagamento, e aí começa a receber valores de parentes, familiares e amigos”, explicou.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Delegado Humberto Mácola

Como evitar cair no golpe