Há alguns dias a população em Bocaina vem sendo acometida por medo e insegurança. O fato é que um homem que sofre de problemas psíquicos atacou mulheres no município. Além de gestos obscenos também chegou a agredir verbal e fisicamente.
A assistente social, Luna Gondin foi a primeira a sofrer com a importunação sexual. Ela foi uma das primeiras a levar o caso a conhecimento da Polícia.
No dia do ocorrido ela foi perseguida logo depois que saiu do local de trabalho. No trajeto, pouco antes de chegar em casa foi surpreendida pelo homem com gestos obscenos, momento em que ele expôs os órgãos genitais.
“Gritei por socorro e uma pessoa veio me socorrer. Imediatamente entrei em contato com a polícia e foi rápida a ação para prender. Ele é um sujeito de muita força. Foi muito difícil para conseguir prender porque o policial se machucou todo”, disse.
“Ele foi preso em flagrante e ainda passou uns meses – cinco meses preso. Só que foi julgado e dito que ele tem problemas mentais e o MP achou de soltá-lo”, contou Luana.
“O que a gente quer é que sejam tomadas realmente as mediadas cabíveis para que voltemos a ter paz. Se for o ministério público que proceda pelo ministério público. Se for algum outro órgão, que pelo amor de Deus tome providência. A gente aqui em Bocaina não temos mais paz. Será possível chegar ao ponto de haver um óbito? Somente o óbito é motivo para manter uma pessoa dessa presa ou isolada da sociedade? Que não chegue a esse ponto, a acontecer tal coisa porque motivos já tivemos demais”, desabafou a assistente social.
Atualmente, nos dias de hoje, o homem de iniciais A. da R. R. vive em situação de rua.
A outra vítima de agressão
A outra vítima, o caso mais recente, na última terça-feira (7), por volta das 08h00min, foi S. E. de S. M. que sofreu agressão quando estava no seu horário de expediente, em um estabelecimento comercial pertencente ao seu tio.
De acordo com o sargento Manoel, comandante de policiamento de Bocaina, que registrou a ocorrência, A. da R. R. proferiu um xingamento contra a vítima. Ela pediu para que o indivíduo parasse e em seguida ela disse que ia chamar seu tio para defendê-la. O acusado desferiu um chute forte contra a vítima e quebrou um cabo de vassoura que a mesma estava segurando.
Posteriormente, A. da R. R. pegou um pedaço de madeira, mas ao perceber a aglomeração de populares, desistiu da ação. Após o ato, A. da R. R. empreendeu fuga adentrando no mato.
“Ele veio para cima de mim com agressão verbal e corporal. Ele me deu chute e isso me machucou. Após tudo isso eu tive muito apoio da polícia da minha cidade, só que quando eu fui encaminhada para Picos para fazer o boletim de ocorrência, eu já não tive mais todo o apoio que tive aqui. Não foi o que eu esperava. Ele não teve nenhuma punição. Fizeram lá algumas medidas restritivas”, contou a jovem.
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