O governo do novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou uma “força-tarefa” para definir as exigências do novo programa de transferência de renda, o Bolsa Família. O foco é ampliar as exigências para o pagamento do benefício. O não cumprimento dessas regras devem gerar o bloqueio e, até mesmo, o cancelamento do Bolsa Família.

Dois critérios que devem ser considerados e analisados é a frequência escolar e a vacinação. Durante os últimos 18 anos, as crianças e adolescentes de famílias beneficiárias deveriam estar matriculados na escola e precisavam manter uma frequência escolar de, no mínimo, 85%. A partir de agora, o governo pretende analisar, também, dados como evasão escolar e repetência. Além disso, as famílias devem, também, vacinar as crianças e adolescentes.

O objetivo do governo é incentivar o cuidado com a saúde e a educação das crianças. Esse projeto deverá ser criado de forma cuidadosa pelo Ministério do Desenvolvimento Social em parceria com os Ministérios da Educação e Saúde. As pastas criaram um cronograma e esperam que os novos critérios já comecem a vigorar a partir de março deste ano.

A importância da regra sobre educação

A evasão escolar aumentou nos últimos anos. Dados da UNICEF mostram que 2 milhões de meninos e meninas entre 11 e 19 anos não terminaram a escola em 2022 no Brasil. Boa parte dessas crianças e jovens largaram a escola porque precisavam trabalhar para ajudar a família. Outras crianças simplesmente não conseguiam acompanhar as explicações e atividades, mas os motivos variam e muito.

A pesquisa da UNICEF mostra que 28% precisavam cuidar de familiares, 18% largaram a escola devido a gravidez, 14% eram portadores de alguma deficiência, 9% porque sofreram racismo, 29% dos jovens desistiram da escola porque “a escola não tinha retomado as atividades presenciais”. Embora a pandemia tenha aumentado a evasão escolar, é possível observar que o problema é muito mais complexo.

“O País está diante de uma crise urgente na Educação. Há cerca de 2 milhões de meninas e meninos fora da escola, somente na faixa etária de 11 a 19 anos. Se incluirmos as crianças de 4 a 10 anos, o número certamente é ainda maior. E a eles se somam outros milhões que estão na escola, sem aprender, em risco de evadir. É urgente investir na inclusão escolar e na recuperação da aprendizagem. Por isso, o UNICEF vem a público fazer esse alerta e conclamar eleitoras e eleitores a votar pela Educação”, afirma Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF no Brasil.

A importância da regra sobre saúde

Crianças da geração 2000 cresceram com a presença frequente do Zé Gotinha. A vacinação era um hábito muito importante, que ajudou a manter afastada doenças como sarampo, rubéola e caxumba. Entretanto, o legado deixado pelo último governo é de medo em relação a vacina.

Durante a pandemia de COVID-19, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pregou o medo e a insegurança contra a vacinação. Em muitos casos, perpetuou mentiras sobre as reações da vacina. O reflexo desse discurso pode ser visto na queda de vacinação contra diversas doenças. De acordo com o Ministério da Saúde, 18% das pessoas relatam medo de ter reações, enquanto 14% acreditam que a imunização é desnecessária.

Enquanto isso, doenças que foram erradicadas do Brasil voltaram com força no último ano. De uma só vez, o Brasil registrou casos de Sarampo, Poliomielite e a Varíola do Macaco. Essas doenças representam um risco grande para crianças que não foram vacinadas, podendo levar a óbito.

Por isso, a obrigatoriedade da vacinação vem sendo importante. A vacinação é um ato de amor-próprio e de amor ao próximo. Não deixe de se vacinar.

Fonte: Canal Consulta Pública