Foto: CNA/Wenderson Araújo/Trilux

Os desembolsos realizados pelo Banco do Nordeste (BNB), em 2022, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e outras fontes somaram cerca de R$ 49 bilhões. Somente para o Piauí,  o desembolso (momento em que as empresas e pessoas físicas recebem os valores contratados) chegou a R$ 4,5 bilhões no ano passado. O resultado representa um aumento de 20% na comparação com o exercício anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19).

Segundo o Banco do Nordeste, foram contratados R$ 4,8 bilhões, entre janeiro e dezembro do ano passado, no Piauí. O destaque foi o agronegócio, que contratou R$ 2,1 bilhões com recursos do FNE – alta de quase 60% em relação ao ano anterior com essa fonte. As contratações gerais com FNE também cresceram na comparação dos dois exercícios, passando de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,3 bilhões – alta de 13%.

O resultado obtido no ano passado produz reflexos em projetos para 2023 e o BNB já prevê a disponibilização de crédito no valor superior a R$ 5 bilhões no estado.

“São números que contribuíram e continuarão a acrescer, de forma muito significativa, à economia do nosso estado, o que nos faz refletir ainda mais sobre a grandeza da missão do Banco do Nordeste. Nossas equipes seguem à disposição para mais entregas aos nossos empreendedores, ao desenvolvimento do Piauí”, afirmou o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Diogo Martins.

Investimentos em negócios

O BNB atende o setor produtivo com oferta de crédito nos estados nordestinos e em parte de Minas Gerais e Espírito Santo.  Para o presidente da Instituição, José Gomes da Costa, “o crescimento do desembolso mostra que nossos processos estão mais ágeis”.

“Estamos facilitando desde o cadastro dos clientes e todo o processo de concessão de crédito sem abrir mão da segurança. As inovações são na agilidade para acessar o crédito, a exemplo da automatização no cartão BNB, e na rapidez da retomada dos limites para novas contratações”, afirma.

Desembolso total em 2022

A maior parte dos desembolsos de 2022 foi realizada com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e serviu de estímulo a negócios nos setores de infraestrutura (R$ 11,04 bilhões), agricultura (R$ 8,01 bilhões), comércio e serviço (R$ 6,98 bilhões), pecuária (R$ 6,36 bilhões) e indústria (R$ 2,77 bilhões), perfazendo R$ 35,21 bilhões. Na comparação com as operações de 2021, houve um crescimento de 48,2% na injeção de recursos na economia com essa fonte.

Os demais recursos foram desembolsados por meio do Crediamigo (R$ 10,62 bilhões) e das outras fontes de recursos (R$ 3,13 bilhões), perfazendo um complemento de R$ 13,75 bilhões.

“Esses R$ 49 bilhões marcam o resultado econômico, que deverá ter impacto no resultado financeiro, mas o resultado que mais nos interessa é o social, o impacto disso na vida das pessoas, foram muitos mais milhões adicionais nesse período, que incrementaram mais ainda a geração de emprego, renda e impostos. Josué de Castro, referência na busca de soluções para a questão da fome e da pobreza, dizia que o desenvolvimento só acontece se chegar nas pessoas. É esse tipo de desenvolvimento que o Banco do Nordeste persegue”, complementa o presidente Jose Gomes.

Contratações

As contratações globais realizadas pelo Banco do Nordeste, entre janeiro e dezembro de 2022, em toda sua área de atuação, somaram R$ 46 bilhões. O resultado representa um aumento de 10%, na comparação com o exercício 2021.

Os valores foram contratados no ano passado em cerca de 4,1 milhões de operações em toda área de atuação do Banco.

Os negócios realizados em 2022 foram alavancados, especialmente, pelas operações realizadas com o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que respondeu por R$ 32,25 bilhões contratados diante dos R$ 25,9 bilhões de 2021. O aumento foi possível devido ao aporte extra de R$ 5 bilhões realizado em setembro.

 

Fonte: Meio Norte