O ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (05) no Palácio do Planalto, em Brasília, que dentro de 90 dias os dados do Cadastro Único, banco de dados de programas sociais, serão atualizados e quem não preencher os requisitos será desligado do Bolsa Família.
“O cérebro para orientar não só o Ministério do Desenvolvimento Social, mas todas as áreas, é o Cadastro Único, que está desatualizado, tem hoje uma insegurança, e a orientação do presidente é que façamos uma atualização do cadastro”, explica.
O prazo é de três meses, mas a atualização do CadÚnico e respectiva reformulação do Bolsa Família pode acontecer antes. De acordo com o ministro, só após o período é que será possível dizer quantas crianças de até 6 anos dessas famílias serão atendidas com o auxílio criança de R$ 150.
“Há uma decisão judicial, há uma recomendação do Ministério Público, do Tribunal de Contas, que trabalhemos inicialmente numa perspectiva de 90 dias, mas nossas equipes técnicas debruçadas nas alternativas para trabalhar no menor prazo possível para que tenhamos um cadastro com segurança e eficiência para chegar os benefícios a quem de direito e, é claro, desligar quem não tiver o preenchimento dos requisitos”, ressalta Dias.
NA POSSE
Wellington Dias participou da cerimônia de transmissão de cargo da ministra Simone Tebet na pasta de Planejamento e Orçamento.
Era Tebet a principal cotada para o Desenvolvimento Social, que acabou com Wellington Dias.
A ministra, durante o discurso, chegou a falar que foi pega de surpresa com o convite de Lula, uma vez que tem divergências políticas em relação à economia com o PT e que estava preparada para atuar em qualquer pasta voltada para o social.
ENDIVIDADOS DO AUXÍLIO BRASIL VÃO PODER RENEGOCIAR AS DÍVIDAS
Wellington Dias também falou do Desenrola Brasil, programa de negociação de dívidas do empréstimo consignado dos beneficiários do até então Auxílio Brasil (nome que era dado ao programa de transferência de renda no governo Bolsonaro). De acordo com o ministro, microempreendedores e pequenos empresário poderão fazer acordo. São cerca de 80 milhões de endividados no país.