Foto: Tiago Melo/TV Cidade Verde

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está investigado se um suspeito de assalto identificado como Romário Pereira Dantas, de 32 anos, morreu devido a uma colisão de trânsito ou se foi após ser espancado pela população na noite de quarta-feira (12), no bairro Teresina Sul, na zona Sul de Teresina. O comparsa dele, identificado como Gabriel ficou ferido.

Romário e Gabriel estavam em uma motocicleta e teriam assaltado uma pessoa, próximo a uma igreja, mas os moradores do local teriam reagido, e na fuga a motocicleta acabou colidindo em um poste. Populares então partiram para cima dos suspeitos, que foram agredidos.

“O relatório consta que duas pessoas estavam praticando assalto na região, e quando foram praticar assalto próximo a uma igreja, as pessoas constataram que era um simulacro e partiram  para cima dele. Derrubaram um da moto e o outro caiu lá na frente. Segundo consta eles foram espancados, um amarrado e o outro espancado”, disse o delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do DHPP.

A Polícia agora aguarda laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que deve constatar se a vítima morreu devido aos espancamentos ou em decorrência do acidente.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

“Um perito criminal constatou no exame preliminar que havia uma pancada grande na cabeça do que estava sem vida e escoriações no corpo. O outro foi levado para o HUT”, explicou o delegado.

Baretta afirmou que ocorreu um excesso por parte da população e que o inquérito irá apurar se realmente foi um caso de legítima defesa. Romário e Gabriel já tinham passagens pela polícia por roubo e furto.

“Se verifica que houve um excesso, porque mataram uma pessoa e a outra ficou bastante ferida. Por que não dominaram? Isso será objeto da investigação, e não podemos fazer nenhum juízo de valor. Vamos verificar se foi em legítima defesa, se houve proporcionalidade e se houve excesso. Os dois respondiam por roubo, furto e tráfico de drogas. É evidente que não se pode tirar  a vida de ninguém, nem o policial, que só pode matar se estiver correspondido dentro dos primórdios da lei, senão responde na mesma proporção. Reações com excesso temos que investigar, não podemos fazer juízo de valor, porque só a investigação vai dizer se essas pessoas agiram em legítima defesa ou se houve excesso”, destacou.

 

Fonte: Cidade Verde