Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Lula (PT), criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quarta (12) e o acusou de tentar tirar proveito eleitoral de eventos religiosos.

Em ato de campanha em Salvador, ele mencionou a ida de Bolsonaro ao Círio de Nazaré, na semana passada, em Belém, e a Aparecida (SP), nesta quarta-feira.

Disse que respeita todas as religiões e citou a Lei de Liberdade Religiosa, que entrou em vigor no início de seu governo.

“Esse cidadão inclusive usa o nome de Deus em vão. E nesta semana ele foi escorraçado lá do Círio de Nazaré, tentou fazer política na procissão onde não foi convidado.”

No Pará, no último fim de semana, Bolsonaro foi recebido com um recado crítico da Arquidiocese, que disse em nota que não convidou nenhuma autoridade municipal, estadual ou federal para a festa e que não permitiria “qualquer utilização de caráter político ou partidário”.

Em seu discurso na Bahia, Lula disse também: “Hoje arrumou briga em Aparecida do Norte, onde também foi sem ser convidado, tentando tirar proveito de religião.”

O petista afirmou que cada um pode professar a religião que quiser e que “Deus está olhando para todos em igualdade de condições”.

O ex-presidente falou ainda em seu discurso sobre a fome, especialmente das crianças, e disse: “Quantas crianças vão dormir sem poder tomar um copo de leite? Isso não é normal. Isso não é falta de dinheiro, é falta de vergonha na cara da elite brasileira.”

Em cima de uma camionete, Lula percorreu um trecho de cerca de 2,5 quilômetros entre o Morro do Gato e o Farol da Barra, em clima de Carnaval.

Ele desfilou ao lado de Jerônimo Rodrigues (PT), que disputa o segundo turno na Bahia contra o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil).

Os organizadores estimaram que ao menos 100 mil pessoas participaram do ato, ocupando a avenida Oceânica, ruas laterais e até mesmo a faixa de areia da praia.

Mais cedo, também nesta quarta-feira, o ex-presidente participou de caminhada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, onde prometeu avanços na economia para a população mais pobre.

 

 

Fonte: Folhapress