Início Destaque Vítimas de feminicídio no Piauí não denunciaram agressor e delegada faz alerta

Vítimas de feminicídio no Piauí não denunciaram agressor e delegada faz alerta

No Piauí, o assassinato de quatro mulheres em um intervalo de 5 horas alerta para a importância de denunciar o agressor ao mínimo sinal de violência doméstica. Das quatro mortes, duas são investigadas como feminicídio e as vítimas não tinham prestado queixa.

“No primeiro sinal de violência havendo qualquer tipo de agressão seja físíca, seja agressão verbal, o xingamento, o tapa, que essas mulheres procurem apoio na delegacia ou nos órgãos de proteção e possam fazer com que essa informação chegue até a gente e faça barrar esssa violência para que não chegue até ao feminicídio que é uma violência extrema. Essas duas mulheres mortas, no contexto de feminicídio, não tinham histórico de violência registrado na delegacia”, alerta a delegada Bruna Verena, do Departamento de Proteção à Mulher.

Ela orienta que além da delegacia, as vítimas podem buscar os demais serviços de proteção no próprio município. A delegada pontua que a  responsabilidade de denunciar casos de agresão é de todos.

“Essa é uma responsabilidade também dos colegas de trabalho, da família, dos vizinhos. Se você sabe que alguém está sofrendo violência, denuncie, faça com que essa informação chegue até a polícia para a gente tentar cessar essa violência antes do fim trágico”, orienta a delegada.

Questionada sobre a eficiência das medidas protetivas, Bruna Verena cita uma série de restrições impostas ao agressor.

“Quando as mulheres são atendidas na delegacia, pedimos as medidas protetivas de urgência ao Judiciário. Por exemplo, o agressor não pode se aproximar daquela mulher, não pode chegar perto dos familiares, não pode frequentar os mesmos lugares que aquela mulher frequenta. Essas medidas barram para que o agressor não chegue perto dela [vítima] e caso ele chegue há o descumprimento medida protetiva e nós pedimos a prisão”, elenca a delegada.

Para ela, as mortes de mulheres em um curto intervalo de tempo foi uma situação atípica. “Mas sempre temos que estar alerta e a frente  dos acontecimentos para que possamos barrar essas situações para que não se repitam e as mortes não se elevem”, conclui Verena.

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