Na manhã desta terça-feira (06), aconteceu a 28ª edição do Grito dos Excluídos em Picos, a manifestação tem como objetivo incentivar a sociedade civil a partir das organizações sociais e das pastorais das igrejas para discutir as políticas públicas que de fato possam gerar a vida e a dignidade da pessoa humana.
O Padre Marcos Roberto explica que o movimento não tem viés ou vínculo político ideológico.
“O Grito dos Excluídos ele não tem viés políticos e ideológicos, pelo menos esse não é o pensamento nosso como organizadores, o que nós queremos é de fato chamar a sociedade para discutir as políticas públicas de inclusão social, como a saúde, educação, moradia, transporte e principalmente a questão alimentação, por que hoje no Brasil são mais de 60 mil pessoas que passam de certo modo dificuldade com a questão alimentar. Então não é justo que uma pequena minoria da população brasileira detém sobre si o poder econômico e político, enquanto a grande maioria vive a margem e excluídos na sociedade”, disse.
O representante do Movimento Estudantil da UESPI de Picos, Matheus Alencar, falou sobre a importância do movimento.
“A gente sabe que o Brasil tá enfrentando mazelas socioeconômicas, a pobreza voltou, a fome voltou, então mais do que nunca a gente tá aqui na rua para reivindicar nossos direitos, e também, eu com o movimento estudantil da Uespi de Picos, representando o movimento estudantil e reivindicando nossas pautas, que são a melhoria do transporte público e também as causas da fome, as causas sociais, nós estamos abraçando nesse momento”, explicou.
O membro da Cáritas Diocesana, Antônio José, conta que participa dessa caminhada desde 1995, e diz que mesmo depois de quase 20 anos pouca coisa mudou no Brasil e que os problemas continuam os mesmos.
“O primeiro grito em 95, eu estava presente também preparando o documento que seria lido do palanque naquele ano de 95. Hoje, 28 anos depois, o que me surpreende é que ainda hoje, a gente clama e grita pelas mesmas injustiças que acontecia naquele tempo, quer dizer, 20 anos depois pouca coisa mudou. O que a gente quer é que de fato todas as pessoas, homens e mulheres de bem, principalmente os pequenos, tenham direito à vida digna e vida com abundância, saiba o que vai comer hoje no almoço, hoje na janta, amanhã no café da manhã. Que hoje como vocês viram ali, o nosso país ultrapassa a média mundial de quem não sabe o que vai ter na próxima refeição”, falou.
Confira as entrevistas
António José
Marcos Roberto
Matheus Alencar