O número de casos notificados da varíola dos macacos no Piauí subiu para 23. A informação foi repassada na manhã desta sexta-feira (12) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). O número é 53% maior do que o divulgado no início da semana, quando o estado tinha 15 casos notificados. 

De acordo com a Sesapi, dos 23 casos notificados, 17 ainda estão em investigação, 5 foram descartados e um caso foi confirmado, em um paciente do município de Batalha.

Entre os casos suspeitos registrados, a faixa etária de maior predominância é na população de 25 a 39 anos, porém há casos registrados também em pessoas de 4 a 60 anos.

As cidades com notificações de casos são: Barras, Batalha, Cocal, Curralinhos, Esperantina, Hugo Napoleão, Itaueira, Parnaíba , Pedro II, Teresina e União.

“A gente precisa conhecer esse perfil e saber como notificar esses casos, por isso fizemos essa capacitação para esclarecer todas as formas de fornecer as informações do quadro epidemiológico das indivíduos suspeitos”, explicou a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), Amélia Costa.

Por causa da alta de notificações, a Secretaria de Saúde capacitou nos últimos dias profissionais das vigilâncias de saúde dos 224 municípios do Piauí, sobre trabalho de diagnóstico da Monkeypox. Após esse treinamento está sendo elaborado um plano de contingência para o manejo da doença.

O documento com o plano de contingência será disponibilizado as unidades de saúde do estado na próxima semana, e conterá todas as etapas de manejo clínico, vigilância, coleta de material, cadastro epidemiológico, diagnóstico e as formas de repasse de informações para a comunidade.

“Este instrumento conterá todos as etapas do processo, que auxiliará os profissionais de saúde, que irão lhe dar diretamente com esses pacientes. E a Sesapi com essa capacitação se preocupou em prepará-los para entender o fluxo dessa doença. Além de cumprir as etapas exigidas pelo CIEVS nacional dos municípios, que é a padronização da informação. Porém, antes dessa capacitação, a secretaria já havia elabora informes técnicos e disponibilizamos os mesmos aos gestores municipais”, disse a coordenadora do CIEVS, Amélia Costa.

Para aqueles que apresentarem os sintomas da doença, a Sesapi conta com núcleos de vigilância nos hospitais, que auxiliam no recolhimento de material para análise laboratorial e também nas informações sobre o isolamento dos pacientes infectados que devem ficar 21 dias resguardados.

A doença

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos são principalmente dores no corpo, febre, mal-estar e cansaço. Então, a doença evolui para um quadro em que aparecem lesões no corpo em formato de bolhas.

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ??ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

 

Natanael Souza (Com informações da Sesapi)
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