A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) descartou na manhã desta segunda-feira (11), os dois casos suspeitos de varíola do macaco que estavam em investigação no estado.
O Brasil já tem 219 casos confirmados de varíola dos macacos nos estados de Minas Gerais (14), Paraná (três), Rio Grande do Sul (três), Ceará (dois), Rio Grande do Norte (dois), Goiás (dois) e Distrito Federal (um).
De acordo com a Sesapi, os dois casos que haviam sido notificados foram analisados em laboratório e foi comprovado a positividade para síndrome mão-pé-boca e catapora.
Mesmo com o descarte dos casos, a coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, chama a atenção para a importância de um diagnóstico diferencial para a confirmação ou descarte seguro do caso.
“Os sinais e sintomas podem remeter a outras patologias, sendo essencial a coleta de material para a análise laboratorial. Com a análise laboratorial do material colhido, as entidades de saúde podem ter a segurança apropriada para descartar ou confirmar os casos e tomar as medidas necessárias para a situação”, explica a coordenadora de epidemiologia da Sesapi.
Sintomas
Entre os sinais e sintomas da doença estão a febre súbita, aparição de adenomegalias na região das virilhas; braços ou atrás das orelhas, além de erupções cutâneas. Amélia reforça que a identificação precoce é essencial para que os casos não evoluam de maneira grave.
Atendimento médico
As pessoas que apresentarem os sintomas da doença devem procurar as unidades de saúde do seu município para que sejam realizados exames clínicos, coleta e análise de material da pessoa para comprovar o diagnóstico.
“Seguindo o fluxo adequado, o paciente deverá ser isolado e colhido o material para análise. Material das bolhas que o indivíduo possui pelo corpo; exames de sangue e coleta de um swab da orofaringe para que os diagnósticos adequados sejam feitos. O material coletado será encaminhado para o Lacen e para o laboratório de referência da Fiocruz no Rio de Janeiro”, explica Amélia Costa.
Outro ponto importante que a coordenadora apresenta é caso a pessoa esteja como caso suspeito, deve ser feito um rastreio dos contatos que ela teve, para verificar se algum deles veio de áreas onde a doença já é presente. Além de analisar o histórico de viagens, verificando se recentemente ela veio de algum outro país ou estado onde a doença já foi confirmada.
“É essencial essa identificação e que seja estabelecido um vínculo dos casos, para que as autoridades em saúde possam identificar corretamente por onde a doença está circulando. Aos profissionais de saúde é necessário destacar a importância de toda essa investigação, para a identificação e manejo correto dos casos, caso eles sejam positivos”, conclui a coordenadora.
Fonte: Cidade Verde