O Piauí montará um comitê especial para monitorar eventuais casos de varíola do macaco no Estado e ficar em alerta para a necessidade de ações mais efetivas de combate à doença. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde, Antônio Neris Machado Júnior, nesta manhã (30).
Esse tipo de varíola é causado por um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos. Países como Portugal, Espanha, Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Franca e Austrália já registraram casos da doença. No Brasil não há casos confirmados de varíola do macaco, mas um brasileiro foi diagnosticado com a doença em um hospital de Munique, na Alemanha.
Diante do surto da doença em vários países do mundo, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) decidiu alinhar as ações e agir de forma preventiva, montando equipes para monitorar especificamente casos de varíola do macaco e traçar um plano de estratégias padrão e unificado. Aqui no Piauí, o comitê será montado à semelhança do COE, o Comitê de Operações Emergenciais contra a Covid-19, formado por especialistas na área e cientistas.
É o que explica o secretário de Saúde, Antônio Neris Júnior: “A nossa medida principal é a de vigilância. O comitê será formado por cientistas e médicos especialistas nesta área especificamente para que eles possam estar trocando experiências e dialogando com outras secretarias estaduais de saúde. O objetivo é que possamos ter no Piauí e estados do Nordeste ações de maneira padrão para, em caso de alerta, tomar algumas medidas que venham de maneira a atacar a problemática e facilitar a resolução do caso”.
O secretário tranquiliza a população lembrando que o Piauí não possui casos confirmados nem suspeitos de varíola do macaco e que todas as ações que estão sendo adotadas são de caráter preventivo.
Sintomas
Entre os sintomas da varíola do macaco se destacam febre, dor no corpo e, depois de dias, manchas pela pele, pequenas lesões que evoluem para bolhas e pústulas (bolhas com pus) além do aparecimento de crostas. O Instituto Butantan diz que também é comum haver dor de cabeça, nos músculos e nas costas. As lesões na pele se desenvolvem inicialmente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, inclusive nos órgãos genitais. As lesões são semelhantes às da catapora e da sífilis.
Transmissão
A varíola do macaco pode ser transmitida por contato com gotículas exaladas por alguém infectado, tanto animal quando humano, ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença, ou com material contaminado como roupas e lençóis.
Prevenção e vacina
As vacinas contra a varíola comum e que estão no calendário de vacinação do Ministério da Saúde protegem contra a varíola do macaco, mas o imunizante específico para a doença ainda não existe. A melhor forma de prevenção é evitar contato com pessoas contaminadas e manter uso de máscara para evitar contato com gotículas expelidas pela fala com pessoas próximas.