A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), investiga uma denúncia de estupro de vulnerável contra duas primas de 8 e 9 anos, no bairro Santa Cruz, na zona Sul de Teresina. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado nesta semana na delegacia, onde o marido da avó das crianças, um homem de iniciais R. G. dos S, é apontado como o autor dos abusos.
A denúncia aponta que as crianças estavam na casa da avó materna, quando o suspeito praticou o crime. Conforme o boletim, as menores relataram que quando estavam em um dos quartos da casa, R. G. dos S as abordou e forçou elas a pegarem em seu órgão genital e que ainda tocou nas partes íntimas das crianças.
A representante legal das vítimas relatou ainda na denúncia que a filha chegou a contar sobre os abusos para uma vizinha também menor, que revelou ao seu pai. Segundo ela, ambas as crianças estão abaladas psicologicamente em razão dos abusos que sofreram.
Além disso, no boletim de ocorrência, ela destacou que flagrou uma outra situação de abuso do suspeito, tendo como vítima seu filho de 2 anos autista. R. G. dos S foi visto tocando nas partes da criança.
Em entrevista ao Meionorte.com, a delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), explicou que amanhã irá ouvir a comunicante da denúncia e em seguida marcará as oitivas das menores. Ela informou ainda que encaminhou as vítimas ao Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS).
“Amanhã vou ouvir a comunicante para saber do que se trata. Primeiro quero ouvi-la e marcar as oitivas das vítimas. O protocolo é o seguinte, registra-se o boletim de ocorrência, expediu a requisição do perito, no caso o exame de corpo e delito e ai a comunicante leva as vítimas para serem examinadas e acredito que já tenha levado. A gente orienta para ir no mesmo dia”, disse a delegada.
O Meionorte.com também conversou com a mãe de uma das vítimas, que disse que o suspeito está sumido desde o dia da denúncia, na última segunda-feira (23). Preferindo não revelar sua identidade, ela contou como a família descobriu o abuso e destacou ainda que os crimes ocorriam já há algum período.
“Uma é minha sobrinha e outra é minha filha, que às vezes iam pra casa minha mãe, para ir para a igreja ou quando eu ia trabalhar às vezes. A minha filha contou para uma vizinha de 14 anos, que já é maior e entendida das coisas e ela disse que não era certo. Ela disse que a mãe ia brigar; a primeira impressão que a criança tem é medo. Ela disse pro pai dela que estava sofrendo abusos após pesquisar o que era a palavra e ela entendeu. Ela viu o que estava passando. Ele perguntou de quem e ela disse ‘do marido da mainha (avó). Aí ela contou pro pai dela e ele me ligou e disse que o esposo da minha mãe estava abusando dela. Fiquei sem saber o que fazer e avisei a minha mãe e ela não acreditou. Desde o dia da denúncia ele está desaparecido. Já faz um bom tempo que elas sofriam, pelo o que ela me contou. A outra (sobrinha) já tem mais tempo pois morava com ele, que tinha mais acesso. Ele trabalha em uma oficina de caminhão, é eletricista. Depois disso ele sumiu”, explicou a mãe.
Meio Norte