Mesmo com o fim da emergência em saúde pública nacional pela Covid-19 no último domingo (22), a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) deve manter algumas restrições sanitárias no estado. De acordo com Neris Júnior, gestor da pasta, a ideia é seguir as orientações do Comitê de Operações Emergenciais (COE), que seguirá se reunindo e realizando uma constante avaliação do cenário.
“Todas as medidas que tomamos na secretaria são embasadas no Comitê, então a qualquer momento o COE pode ser chamado para que possamos reavaliar nossas ações. Essa avaliação é permanente, estamos há duas semanas com a média móvel zero do número de mortes. Isso deve ser festejado, mas ao mesmo tempo a avaliação deve ser permanente, do número de casos, de mortes e também das medidas”, afirmou o gestor.
Entre os motivos considerados pelo Ministério da Saúde para decretar o fim da emergência em saúde pública está o atual cenário epidemiológico. O Brasil registra queda de mais de 85% na média móvel de casos e óbitos pela Covid-19, em comparação com o pico de casos ocasionados pela variante Ômicron, no começo deste ano. Os critérios epidemiológicos indicam que o país não está mais em situação de emergência de saúde pública nacional.
Segundo Neris Júnior, este é o mesmo contexto vivenciado pelo Piauí no combate ao vírus. “Recebemos com tranquilidade ao mesmo tempo em que festejamos os nossos números. Hoje temos, graças às ações tomadas anteriormente, nosso estado como exemplo para as outras unidades do país. Somos o primeiro lugar em vacinação, com primeira e segunda dose, e agora estamos reforçando o convite para que a população volte aos postos de saúde para tomar a dose de reforço”, disse o secretário.
Pós-pandemia
Com a queda da taxa de infecção, letalidade e de internações pela Covid-19, a Sesapi tem realizado a reorganização da rede hospitalar estadual. O Hospital Natan Portela, em Teresina, segue como unidade de referência para atendimento aos pacientes com a doença, enquanto as UTIs de outros hospitais que eram usadas exclusivamente no tratamento da doença serão incorporadas à rede. “Vai ficar como um legado do pós-pandemia”, garantiu o secretário.
Cidade Verde