A Força Tática da Polícia Militar do Piauí prendeu dois homens no município de Picos suspeitos de falsificar documentação para o concurso da Polícia Militar. Um terceiro foi preso em Teresina com fone de ouvido, o que é proibido na realização da prova.

De acordo com delegado José Neto, da Delegacia Regional de Picos, um suposto candidato, que não teve a identidade revelado, teria feito a prova do concurso da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), realizado no último domingo (30), no lugar de outra pessoa em Picos.

Os dois homens, oriundos da Bahia, foram presos horas após a prova, portando documentos falsificados e comprovantes de inscrição no certame.

Segundo informações do delegado José Neto, no momento da ocorrência, a dupla foi abordada por agentes da Força Tática, que teriam estranhado o “comportamento estranho” e a movimentação atípica de um veículo com placa de outro estado.

Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes da cidade, onde foram autuados pelo uso de documento falso, crime pelo qual continuam presos aguardando audiência de custódia. De acordo com o delegado, os dois admitiram que a identificação adulterada foi usada para a realização da prova, um no lugar do outro.

A situação foi comunicada ao Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), que ainda deve confirmar se realmente houve a participação de um dos dois homens na prova, organizadora do certame, e à Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que abriu inquérito para apurar suposta irregularidade de um candidato em Teresina.

Na capital, um candidato residente na cidade de Timon (MA), que realizaria a prova no Centro de Ensino Fundamental (CEFTI) Pequena Rubim, localizado no bairro Mocambinho, zona Norte da cidade, foi eliminado e preso em flagrante após fiscais encontrarem um dispositivo eletrônico no seu bolso momento antes do início da prova.

O suspeito foi encaminhado para a Central de Flagrantes, onde negou a tentativa de fraude. Liberado após os procedimentos legais, o homem entregou o dispositivo eletrônico às autoridades policiais, que irão submeter todo o material à perícia técnica, que deve constar no inquérito aberto pela  Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).

Diante de todas as informações preliminares, o delegado Ferdinando Martins, coordenador do Deccor, disse ao Cidadeverde.com que em relação a este caso específico “a fraude em si, pelo que percebemos, foi eliminada”, mas reforçou que só a conclusão das investigações poderão afirmar se houve ou não tentativa de fraude por parte do candidato.

“O candidato até colaborou. Disse que aparentemente foi esquecimento, porque deixou todos os eletrônicos fora da escola, mas esse fone pequeno ficou no bolso e só foi detectado quando ele estava entrando no banheiro, quando foi flagrado e eliminado. O celular foi apreendido para analisar se há alguma consistência que corrobora a fraude”, completou.

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