O Instituto Federal do Piauí (IFPI) exigirá o passaporte da vacina contra a covid-19 para todos os alunos, professores e demais servidores no retorno das suas atividades presenciais e início do ano letivo, que já começam a partir deste mês de acordo com o calendário definido por cada um dos seus seus 21 campi, na capital e interior do estado.
A medida foi aprovada no começo da desta quinta-feira (20), durante reunião extraordinária do Colégio de Dirigentes (Coldir) da instituição de ensino superior, básico e profissional. Além da exigência do certificado nacional para todo o quadro docente, discente e funcional, a minuta ainda prevê outras regras para o retorno das aulas no IFPI.
O colegiado também deliberou que a retomada das atividades presenciais acontecerão de forma gradual, inicialmente de forma híbrida para o semestre de 2022.1. Nesta etapa, a instituição de ensino levará em consideração aspectos de infra-estrutura física das unidades para atendimento ao protocolo sanitário; necessidade de insumos, situação de risco e índice de imunização de alunos e servidores, cuidados com alimentação e transporte escolar dentre outros.
O Comitê de Prevenção ao Coronavírus do IFPI também deve acompanhar os indicadores, gerais e locais, das condições de biossegurança e avaliará a cada 15 dias ou em caráter extraordinário, quando for necessário, as condições de biossegurança para manutenção do regime híbrido de ensino em cada um dos campus da instituição
Para o reitor do Instituto, Paulo Borges da Cunha, as medidas visam garantir um retorno de forma segura tanto para os servidores quanto para os estudantes. “Estamos comprometidos e nos preparando para receber a comunidade acadêmica de maneira segura com um planejamento bem estruturado levando em consideração as particularidades de cada campus”, afirmou o professor Paulo Borges da Cunha, reitor do Instituto.
Ufpi
Um dia após o Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) decidir pela não exigência do certificado de vacinação contra a covid-19 para a retomada das atividades presenciais, a instituição anunciou nesta quinta-feira (20) que os alunos deverão apresentar o comprovante de imunização no ato de matrícula.
A mudança ocorreu após forte reação contrária de entidades representativas de professores, técnicos-administrativos e estudantes da Ufpi. Os grupos divulgaram uma carta repudiando a não obrigatoriedade da comprovação vacinal, pedindo a revogação do Protocolo Geral de Biossegurança aprovado na terça-feira (18) pelo colegiado.
Uespi
Apesar de ainda não deliberado sobre o assunto, a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) realizou, entre os dias 20 de dezembro de 2021 e 10 de janeiro de 2022, uma pesquisa entre seus docentes, discentes e técnicos e constatou que a maioria dos 6.783 participantes do questionário eram favoráveis ao retorno das aulas presenciais.
A consulta ainda revelou que cerca de 88% dos estudantes afirmaram terem completado todo o esquema vacinal e pouco mais de 6% destes haviam recebido dose de reforço. Em relação aos professores, quase 73% indicaram estarem com a vacinação completa e 25% já haviam recebido a terceira dose do imunizante, enquanto entre os técnicos esses percentuais são de 79% e 20%, respectivamente.
Esse resultado deve ser apresentado ao Comitê Gestor de Crise e, posteriormente, ao Conselho Universitário (Consun) da Uespi para definição do protocolo sanitário para o retorno das aulas na instituição.
Demais instituições de ensino
Em reunião realizada no último dia 12 de janeiro, o Comitê de Operações Emergenciais do Estado (COE-PI) aprovou o retorno de 100% das aulas presenciais em todo o Piauí, desde que respeitada a exigência do comprovante de vacinação contra a covid-19 para alunos, professores e demais trabalhadores, para todos os níveis de ensino, desde a pré-escola até a pós-graduação.
A exceção ao “passaporte da vacina” seria apenas aos que ainda não foram contemplados no calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização (PNI). Apesar da regra, o COE-PI facultou aos pais e responsáveis a opção de continuarem com ensino à distância para estudantes que não foram vacinados.
Breno Moreno
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