Com a mudança da estação e a chegada de um período mais quente e com muitas chuvas, os números de casos de Dengue, Zika e Chikungunya voltam a crescer.
Em novembro de 2021, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), através da Coordenação de Epidemiologia, constatou que o número de casos de dengue no estado havia aumentado em quase 50% em 2021 em relação ao mesmo período de 2020.
Para alertar sobre a prevenção dessas enfermidades, que podem levar à morte em casos mais graves, o infectologista Marcus Vinicius Mario Miranda fala sobre prevenção, sintomas e tratamentos.
Por que essas doenças são mais comuns no verão?
Por conta do maior índice de chuvas que temos nessa época do ano, temos um maior acúmulo de água parada, que pode ajudar na reprodução do mosquito transmissor dessas doenças.
Segundo o especialista, é importante ficar atento aos sintomas que podem variar nos adultos e nas crianças. “Nos adultos é bem comum a ocorrência de febre alta (entre 39 e 40 graus) associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares e nas articulações, bem como atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira. Nas crianças a febre alta pode vir acompanhada de apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia”, alerta.
E o tratamento?
Não há tratamento específico contra os vírus que causam essas três doenças. A ingestão de muito líquido é fundamental para a recuperação do corpo e evitar a desidratação. Utilizamos também medicações sintomáticas contra a febre, dores e vômitos devendo ser evitado o uso de medicamentos como ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatório, por interferirem no processo de coagulação do sangue.
Há como prevenir?
A melhor forma de prevenção é combatendo os criadouros de mosquitos que são os locais de acúmulo de água parada em depósitos nas proximidades de nossas residências. Também devem ser utilizados repelentes que auxiliam na não ocorrência da picada, que é a forma principal de transmissão. Dessa forma a limpeza da casa com atenção principal à área externa: quintais, vasos de flores, caixas d’água ou qualquer lugar em que possa haver o acúmulo de água deve ser constantemente vigiado para evitar a reprodução do mosquito.
Para proteger as crianças devemos sempre orientar a boa ingesta de líquidos, a constante higienização das mãos e uma alimentação balanceada com legumes, verduras e frutas frescas, de preferência após lavadas com soluções capazes de matar os parasitas de transmissão oral fecal que podem estar presentes nesses alimentos.
Outras doenças muito comuns no verão são: otite, conjuntivite, doenças dermatológicas, intoxicação alimentar, insolação e desidratação. Para cada uma delas teremos medidas próprias e mais eficazes, mas é sempre importante lembrarmos da higienização constante das mãos, dos alimentos, evitar aglomerações, não compartilhar elementos de uso pessoal, estar sempre com o corpo bem cuidado e não esquecermos do uso de repelentes e de protetor solar durante as idas a áreas abertas, principalmente durante o dia.
Cidade Verde