O tenista sérvio Novak Djokovic, 34, chegou a Dubai na madrugada desta segunda-feira (17) após ser deportado da Austrália ao ter seu visto cancelado pela segunda vez devido às regras de vacinação contra a Covid-19.
A Corte Federal australiana decidiu não permitir a participação dele no Australian Open. A deportação de Djokovic ocorreu na madrugada de domingo (16) e o atleta deixou Melbourne.
Djokovic desceu do avião com duas malas e uma máscara, no Aeroporto Internacional de Dubai.
Ele seria a figura central na noite de abertura do Australian Open. O torneio começa sem sua estrela, vencedor nove vezes.
“Estou extremamente desapontado com a decisão do Tribunal de rejeitar meu recurso contra a decisão do ministro da Imigração de cancelar meu visto, o que significa que não posso ficar na Austrália e não poderei participar do Australian Open”, disse o sérvio, em comunicado emitido depois de receber a ordem de deportação.
Nos últimos onze dias, o governo australiano revogou o visto do atleta duas vezes e o deteve em um centro de imigrantes, alegando que a sua presença poderia despertar um sentimento antivacina em meio a uma onda de infecções no país.
O tenista contestou as decisões na Justiça, venceu a primeira rodada e perdeu a fase decisiva, no domingo.
“Espero que agora possamos nos concentrar no jogo e no torneio que eu amo”, disse o atleta ao reconhecer que estava fora do torneio em Melbourne.
Ele pode ficar três anos sem o direito de entrar na Austrália, o que dificultaria a conquista do seu 21º Grand Slam. Djokovic tem 20 títulos, como Roger Federer e Rafael Nadal.
O primeiro-ministro australiano Scott Morrison considerou que a decisão “enviou uma mensagem muito clara” e sugeriu que o tenista pode retornar nos próximos três anos “nas circunstâncias certas”.
O tenista poderá ter que responder a aspectos de sua conduta que surgiram nas audiências judiciais. Foi constatado que ele teve Covid em dezembro e, segundo sua própria versão, não fez isolamento após receber o resultado do teste.
Fonte: Folhapress