Quando cobrado a tomar providências rápidas para minimizar as consequências da PI-247, que liga Uruçuí a Ribeiro Gonçalves, e serve para escoamento de grande parte da soja produzida no Piauí, o ministro-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira chegou a orientar que se pressionasse o governo do estado do Piauí, vez que não poderia tomar medidas rápidas.
“Amigo, vamos tentar providenciar isso, mas eu acho que a curto prazo para resolver uma situação dessa aí eu acho difícil. Tem que ir para cima do governo do estado enquanto não faz essa federalização, não é?”, disse Ciro Nogueira em diálogo com Alzir Neto, produtor de soja da região de Baixa Grande do Ribeiro e atual presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (APROSOJA/PI).
O ministro havia sido cobrado para que atuasse em prol da federalização da estrada ou atuasse para resolver a situação ocasionada pelas chuvas, vez que os produtores não confiam na atuação do governo estadual, principalmente depois de declarações de deputado da base governista que entende que estrada para escoamento de soja quem deve construir são os membros do agronegócio que atuam no sul do estado.
A MUDANÇA DE POSTURA
Ciro Nogueira, no entanto, acabou por anunciar, na tarde desta terça-feira (28), em suas redes sociais, com mais detalhes ainda no Instagram do que no Twitter, que o Governo Bolsonaro determinou que ele, ministro, atue sobre o caso.
“Preocupado com os estragos provocados pelas fortes chuvas no município de Uruçuí e região, o presidente @jairbolsonaro me determinou que sejam feitos todos os esforços necessários para minimizar os transtornos com a queda de um trecho da rodovia PI-247”, anunciou.
Em outra mensagem que consta do Instagram, mas não do Twitter, Ciro diz que “a Casa Civil mobilizou o ministério da Defesa para a construção de uma ponte móvel, mas após avaliar a situação, os engenheiros constataram que o impacto das águas abriu um espaço cuja grande dimensão poderia não suportar a instalação de uma ponte móvel devido à instabilidade”.
Seguiu dizendo em suas redes sociais que “técnicos avaliam executar uma rápida obra de recomposição de aterro e, ao longo do dia de hoje, deverão propor alternativas para tirar os moradores do isolamento”.
Por fim sustentou que o governo do qual faz parte, “vai reconhecer estado de calamidade pública na região, o que vai viabilizar os recursos necessários às medidas, que já estão sendo tomadas por ordem do presidente Bolsonaro”.
48 HORAS
Já o governo estadual chegou a anunciar que em 48 horas o caso estaria resolvido.